Uma mulher de nacionalidade colombiana foi resgatada após ser sequestrada e mantida em cativeiro no quilômetro 24 da rodovia AM-010, na zona rural de Manaus.
A vítima, que não teve a identidade revelada, ficou refém por 48 horas. Ela contou que os criminosos apontaram cerca de 10 armas para sua cabeça durante o sequestro e a ameaçaram.
No dia 28 de novembro, no bairro União da Vitória, Zona Oeste de Manaus, criminosos sequestraram a colombiana e a levaram para o cativeiro.
A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) e da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam), realizaram o resgate no sábado (30), após denúncias feitas por familiares da vítima. A polícia prendeu dois suspeitos durante a ação.
Sequestro de Colombiana em Manaus
Conforme a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), a mulher vendia rifas no bairro e costumava carregar dinheiro em espécie, um hábito que, conforme ela relatou, era conhecido pelos criminosos.
Em depoimento, a vítima contou que os sequestradores afirmaram ter estudado sua rotina, incluindo seus horários de saída e retorno, a quem ela cobrava, como realizava o trabalho e se carregava dinheiro.
A vítima ainda relatou que, durante todo o sequestro, os criminosos a ameaçaram de morte.
Além disso, os sequestradores exigiram R$ 200 mil dos familiares da vítima, ameaçando matá-la caso o valor não fosse pago.
Desesperado, o irmão da vítima enviou R$ 20 mil para uma chave PIX de uma das suspeitas presa na operação. Inicialmente, pediram R$ 200 mil, mas depois reduziram o valor para R$ 100 mil, exigindo os outros R$ 80 mil.
Envolvidos
Ao saber que a polícia estava ciente do sequestro, os criminosos deixaram o local e se deslocaram para outra casa, que seria de Ana Paula Santos, de 43 anos, e seu marido, Antônio Gomes da Silva, de 37.
Contudo, temendo pela segurança e não se sentindo seguros com a vítima na casa, eles a transferiram para outra residência na AM-010, onde continuou sendo torturada.
Câmeras de segurança monitoravam o local, e cerca de 10 criminosos estavam envolvidos.
“A vítima permaneceu sob o poder dos criminosos por quase 48 horas, enquanto sua família recebia exigências de pagamento pela vida dela, sendo psicologicamente torturada. Eles até sugeriram vender o carro da vítima para pagar o valor exigido”, detalhou a delegada titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Marília Campelo.
Os dois suspeitos presos tiveram a prisão em flagrante convertida para preventiva e estão agora à disposição da Justiça. Eles responderão por extorsão mediante sequestro.
A polícia informou que, devido à duração do sequestro de mais de 24 horas, ela agravará a pena. Por fim, a investigação continua para identificar os outros integrantes do grupo criminoso.