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Sindicato concorda com decisão sobre Hospital 28 de Agosto e alerta para desvio de dinheiro público no Amazonas

Sindicato dos Médicos do Amazonas fala sobre decisão. - Foto: Reprodução/ TV Norte.

Nesta segunda-feira (2), uma decisão do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) suspendeu o processo licitatório para a contratação de uma Organização Social (OS) que assumiria a gestão do Hospital 28 de Agosto e do Instituto da Mulher Dona Lindu.

O presidente do Presidente do Sindicato dos Médicos do Amazonas (SIMEAM), Dr. Mario Vianna, diz que o sindicato apoia a decisão do TCE-AM.

“A maioria das organizações sociais do Brasil a fora que se colocam pra prestar serviço na área da saúde pública se envolve em desvio de dinheiro pública, isso é um dado, de que 94% das OS tinham processos por desvio.”

Ainda de acordo com o presidente do SIMEAM, a gestão de uma OS no Hospital 28 de Agosto e no Instituto da Mulher Dona Lindu, gera riscos para a saúde pública do Amazonas.

“A única OS que atua no Amazonas, no Hospital Delphina, onde funciona relativamente bem é o Delphina, que já está agora envolvida recentemente em um problema. Em que o secretário de saúde anterior vai ter que devolver R$ 9,4 milhões que teriam sido repassados para essa organização social.”

Reunião entre entidade de saúde do Amazonas

As entidades representadas alegam que a contratação da Organização Social com custo mensal de R$ 33 milhões, ocorreu sem que houvesse pagamento dos contratos previamente firmados com prestadores de serviços médicos.

De acordo com a denúncia, os valores devidos, incluindo os créditos de exercícios anteriores, não foram pagos, o que configura um descumprimento dos acordos firmados com o Governo do Estado.

Esse atraso nos pagamentos de servidores também violaria a ordem cronológica dos mesmos, comprometendo a regularidade financeira da gestão pública.

Nesta segunda-feira (2), cooperativas de saúde do Amazonas devem se reunir para falar sobre a decisão.

Sobre a decisão

A decisão foi tomada após uma representação, de cooperativas e empresas médicas, que questionava a transparência e a necessidade de contratar a gestão das unidades hospitalares.

A principal alegação contra a nova gestão é a falta de comprovação de sua eficácia, além de suspeitas de superfaturamento. A proposta do governo estadual envolvia repassar valores significativamente maiores à organização em comparação com os custos da gestão anterior.

O TCE-AM considerou a situação grave e, como medida cautelar, determinou a suspensão de todos os atos administrativos relacionados ao edital. Isso inclui a homologação, adjudicação e emissão de ordens de serviço, até que a situação seja devidamente analisada.

Governo do Amazonas anuncia integração dos hospitais

Embora o TCE tenha determinado a suspensão do processo, o governador Wilson Lima e a secretária de Saúde, Nayara Maksoud, anunciaram a integração do Hospital 28 de Agosto e no Instituto da Mulher Dona Lindu, que passam a ser o Complexo Hospitalar Zona Sul.

Instituto ganhador do edital

A organização escolhida, o Instituto Agir de Goiânia, já é alvo de diversas denúncias. Entre elas, suspeitas de má gestão em contratos anteriores e envolvimento em práticas de superfaturamento em outras unidades de saúde.

Além disso, a representação alerta que a contratada não possui equipe médica ou estrutura para assumir a gestão das unidades, o que poderia acarretar graves prejuízos à continuidade dos serviços essenciais.

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