O Amazonas registrou uma redução significativa de quase 10% no número de pessoas que vivem em extrema pobreza, entre os anos de 2021 e 2023, segundo o relatório do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que foi divulgado nesta quarta-feira (4).
O levantamento apontou que mesmo com crescimento da população total no período de 2021 e 2023, o número absoluto de pessoas em extrema pobreza caiu de 665 mil para aproximadamente 279 mil.
Outra queda foi registrada em relação as proporções de pessoas vivendo abaixo das linhas de US$ 3,65 e US$ 6,85 em Paridade do Poder de Compras (PPC).
A população vivendo abaixo de US$ 3,65 diminuiu de 32,7% para 18,8%. Já a proporpoção abaixo de US$ 6,85 caiude 58,4% para 45,5%. A interpretação desses dados mostra que houve uma melhoria nas condições gerais em relação à renda da população do Amazonas.
Contudo, o estado é o que abriga a maior parte da população abaixo da linha de pobreza, em 2023.
“Os estratos com maiores proporções de pobres foram Vale do Rio Purus (AM), com 66,6%, Litoral e Baixada Maranhense, com 63,8%, e Entorno Metropolitano de Manaus (AM), com 62,3%, acima da média nacional (27,4%)“, afirmou o instituto.
IBGE: Manaus também registra redução da extrema pobreza
Assim como o estado, a capital Manaus também registrou uma redução da extrema pobreza. Os dados do IBGE apontam uma queda de quase 6% em relação ao índice de pessoas vivendo em extrema pobreza.
“A análise da série histórica de Manaus entre 2021 e 2023 demonstra uma redução significativa na proporção de pessoas vivendo em extrema pobreza (rendimento domiciliar per capita inferior a US$ 2,15 PPC 2017), passando de 9,7% em 2021 para 3,9% em 2023, mesmo com o aumento do valor da linha mensal de extrema pobreza de R$181 para R$205″, relatou o IBGE.
Embora tenha ocorrido uma redução no número de pessoas vivendo em extrema pobreza, o rendimento domiciliar per capita médio no Amazonas em 2023 foi de R$ 1.166.
Esse valor está abaixo da média nacional, de R$ 1.848, e da média da Região Norte, que é de R$ 1.302. De acordo com o IBGE, esses números evidenciam a contínua vulnerabilidade econômica do Amazonas.
“No contexto regional, o Amazonas superou apenas o Acre (R$ 1.074), ocupando a penúltima posição entre os estados da Região Norte. Rondônia (R$ 1.523), Tocantins (R$ 1.544), Roraima (R$ 1.428), Pará (R$ 1.273) e Amapá (R$ 1.492) apresentaram rendimentos superiores”, afirmou o levantamento do IBGE.