O Amazonas é o segundo estado da região Norte com o maior número de chacinas entre 1988 e 2023, segundo o Mapa de Chacinas Norte e Nordeste.
Na Região Norte, o Pará lidera com 69 chacinas, seguido do Amazonas, com 29. A lista traz, ainda, o Acre e Rondônia, com 16, cada, e o Tocantins, com nove.
De acordo com o levantamento, os casos registrados no Amazonas representam 5,93% do total de chacinas registradas no país durante o período. Os episódios ocorreram em Manaus, Beruri, Iranduba, Itacoatiara, Nova Olinda do Norte e Tabatinga, na região de fronteira.
O levantamento foi realizado em parceria entre a Rede Liberdade e o grupo de pesquisa e extensão Clínica de Direitos Humanos do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP).
Chacinas no Norte e Nordeste
Ao todo, mais de duas mil mortes em 489 chacinas foram mapeadas nas duas regiões no período. A Bahia soma o maior número de casos documentados: 103 chacinas.
Juntos, os sete estados da Região Norte representam 30,7% dos casos, com 150 ocorrências, enquanto o Nordeste lidera com 339, correspondendo a 69,3% do total. No Norte, as chacinas resultaram em 826 mortes, enquanto no Nordeste foram 1.291 vítimas.
Por estado, o Amazonas foi responsável por 5,93% das chacinas, o Pará por 14,11%, Rondônia e Acre por 3,27% cada, Tocantins por 1,84% e Amapá por 0,61%.
Total de Mortes
O levantamento identificou que as 489 chacinas registradas entre 1988 e 2023 resultaram em 2.117 mortes. Desse total, 339 ocorrências foram na região Nordeste e levaram a 1.291 mortes. No Norte do país, foram 150 chacinas com 826 vítimas.
Qual crime se configura em chacina?
A chacina, assassinato em massa ou massacre, é o ato de assassinar, simultaneamente ou em curto período de tempo, um grande número de pessoas.
Casos de grande repercussão em Manaus
Em janeiro de 2023, um confronto entre facções criminosas deixou três pessoas mortas em um campo de futebol, no bairro Jorge Teixeira, em Manaus.
Outro caso de grande repercussão aconteceu no dia 21 de dezembro de 2022. Quatro pessoas foram vítimas dos policiais militares, sendo dois homens e duas mulheres. Todos foram encontrados mortos em um carro na AM-010.
Em 2017, um massacre dentro do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), 56 presos morreram durante uma rebelião. E mais de 100 detentos conseguiram fugir do Compaj, alguns foram recapturados.