Na manhã desta segunda-feira (9), a Polícia Federal deflagrou a Operação Expurgare, que revelou a participação de servidores do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM) em um esquema criminoso.
A investigação revelou que o esquema envolve a emissão de licenças ambientais fraudulentas, suspensão de multas e autorizações irregulares para desmatamento.
Esses servidores, ocupantes de cargos estratégicos no IPAAM, usavam suas posições para facilitar práticas ilegais que causavam graves danos ao meio ambiente.
Investigação
A ação é a terceira fase da Operação Greenwashing, que investiga fraudes fundiárias e crimes ambientais por uma organização criminosa que atua na Amazônia há mais de uma década.
A operação ocorreu com ações simultâneas no Amazonas, Pernambuco e Rondônia.
A operação também conecta os envolvidos na Operação Arquimedes, deflagrada em 2019, que investigou crimes semelhantes.
Impactos do esquema criminoso
A investigação descobriu que o grupo fraudou mais de 538 mil hectares de terras públicas, reutilizando títulos de propriedade e inserindo dados falsos no Sistema de Gestão Fundiária (SIGEF).
Essa expansão das atividades ilícitas ocorreu principalmente nas regiões de Apuí e Nova Aripuanã, entre 2016 e 2021.
Desde o início das operações, a Polícia Federal conseguiu descapitalizar a organização criminosa em quase R$ 1 bilhão, prejudicando significativamente sua atuação financeira.
Operação Expurgare
A Operação Expurgare reforça a necessidade de combater a corrupção dentro de órgãos públicos estratégicos como o IPAAM.
A Polícia Federal destacou que as fraudes ambientais não apenas prejudicam o patrimônio natural da Amazônia, mas também afetam a credibilidade de instituições públicas.
Por fim, denúncias anônimas podem ser feitas por meio do canal seguro https://forms.office.com/r/UBmPaNbDxM, com garantia de sigilo absoluto.