Neste sábado (14), a Galeria do Largo, localizada na Rua Costa Azevedo, no Centro de Manaus, abre suas portas para a exposição “Kapêtawã pukêní: Huni Kuins Atravessando Mundos”, que faz parte da 13ª Mostra 3M de Arte, idealizada pela companhia Elo3.

A mostra, que marca a estreia do evento na capital amazonense, será inaugurada às 18h e estará disponível para visitação gratuita até 26 de fevereiro de 2025.

O horário de funcionamento será de quarta a domingo, das 15h às 20h.

Foto: Reprodução

Com curadoria da arquiteta afro-indígena Aline Ambrósio, a exposição reúne produções artísticas e narrativas de várias regiões do Brasil. Além de destacar as conexões entre seres humanos e o mundo natural.

Um dos destaques é da mostra na Galeria do Largo em Manaus, é o Movimento dos Artistas Huni Kuin (Mahku). Este proporciona uma experiência sensorial e imersiva, convidando o público a refletir sobre as interações entre diferentes culturas, biomas e formas de vida.

Mostra de arte na Galeria do Largo em Manaus

O tema “Interespécies – Cruzando Mundos”, desenvolvido por Aline, propõe uma reflexão profunda sobre os impactos das ações humanas egocêntricas na natureza. Além disso, aborda como essas ações influenciam tanto o futuro ancestral quanto a construção de um futuro sustentável.

Depois de São Paulo, o projeto chega a Manaus, integrando a exposição e reforçando a mensagem de união entre seres humanos e outras formas de vida.

A 13ª Mostra 3M de Arte também acontece simultaneamente em outras duas cidades: São Paulo, no Parque Augusta, e Campinas, no Parque Taquaral.

Cada cidade apresenta exposições únicas, mas interligadas, que estimulam diálogos artísticos sobre a interação entre natureza, cultura e transformação.

Casa Kupixawa Huni Kuin

A Casa Kupixawa Huni Kuin, uma das principais atrações da 13ª Mostra 3M de Arte, oferece uma experiência imersiva e única de conexão com a cultura ancestral do povo Huni Kuin.

No espaço, estão expostas duas pinturas-cantos, criadas por Acelino Tuin e Ibã Huni Kuin, que ilustram canções de cura e abertura de caminhos. Os visitantes são envolvidos por sons e imagens, criando uma atmosfera espiritual e sensorial.

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Destaque para a canção Yube Nawa Aibu (“Povo da Mulher Jiboia”), que celebra o mito de Yube Shanu, a Mulher Jiboia, e seu ensinamento do poder da ayahuasca ao povo Huni Kuin.

Uma escultura central em cerâmica representa essa figura, simbolizando a energia cósmica e a força do cipó.

Outra canção, Txãī Pūkeruakē (“O som do macaco branco”), explora a comunicação entre humanos, animais e a cura espiritual.

A Casa Kupixawa conecta o passado, presente e futuro, revelando a sabedoria ancestral como um caminho para a transformação e harmonia com a natureza.