O rio Negro marcou 16,06 metros nesta segunda-feira (17), em Manaus. Com essa marca, o rio ultrapassa a cota mínima de segurança para o acesso à praia da Ponta Negra por banhistas.
Na última segunda-feira (17), o prefeito de Manaus, David Almeida, informou que a praia da Ponta Negra continuará com acesso proibido até o Réveillon deste ano.
A Bacia do Rio Amazonas ainda passa por um processo de recuperação nos trechos mais afetados pela seca extrema deste ano. Os dados são apresentados no 52º Boletim de Monitoramento Hidrológico do Serviço Geológico do Brasil (SGB).
O rio Negro também alcançou a marca de 12,11 metros, a cota mais baixa dos últimos 122 anos, segundo a medição realizada no Porto de Manaus.
Seca histórica
O pesquisador André Martinelli, gerente de Hidrologia e Gestão Territorial da Superintendência Regional de Manaus, destaca que o rio Negro está abaixo da faixa de normalidade para o período.
“O ritmo de subida está dentro do esperado para a época, mas ainda não foi suficiente para a recuperação dos níveis aos patamares normais”, explica Martinelli.
Na Bacia do Rio Solimões, a situação é semelhante: os níveis estão aumentando, mas ainda são baixos. Em Tabatinga, no interior do Amazonas, a cota chegou a 6,24 metros. Em Itapeua, também no interior, está em 5,93 metros. Em Manacapuru, a marca é de 7,15 metros.
Já na Bacia do Rio Purus, os níveis são considerados normais para dezembro. Em Beruri (AM), a cota é de 8,37 metros, e em Rio Branco (AC), o Rio Acre registra 6,28 metros. Quanto ao Rio Madeira, observa-se uma recuperação mais efetiva, com níveis próximos à média histórica, com cota de 8,27 metros em Porto Velho (RO).