Uma mãe de 30 anos foi presa em flagrante na quarta-feira (18), em Manacapuru, interior do Amazonas, sob a suspeita de ter ordenado o sequestro da própria filha, de apenas 2 anos.
O crime ocorreu na comunidade Canabuoca, zona rural do município, e dois homens contratados pela mulher para executar o sequestro também foram presos. A mulher foi identificada como Daniele Oliveira, já os homens não tiveram os nomes divulgados.
Em entrevista à TV Norte, a delegada Mary Anne Trovão contou que a menina estava na casa dos avós paternos quando dois homens, um deles armado com revólver, chegaram ao local.
Eles anunciaram que iriam levar a criança e ameaçaram matar os familiares caso não entregassem a menina. Durante a ação, testemunhas perceberam que uma mulher observava tudo de longe, mas não a reconheceram na hora. A polícia confirmou posteriormente que essa mulher era a mãe da criança.
Segundo a delegada, a mãe já havia passado por atendimento tanto na delegacia, quanto no Conselho Tutelar.
Mãe planejou sequestro da própria filha
Após o sequestro, os três criminosos fugiram em uma embarcação com destino ao município de Manacapuru. Familiares da vítima imediatamente informaram o Conselho Tutelar, que acionou a polícia.
Os agentes aguardaram a chegada da embarcação no porto da cidade e, ao desembarcar, prenderam os envolvidos, encontrando a criança com os sequestradores.
“A gente sentiu uma revolta nos atendimentos anteriores dela de que ela queria, de qualquer forma, a filha de volta. Mas a criança já estava com o pai desde os seis meses, ela está com dois anos agora. Ela já anunciava ao conselho tutelar, e ela já demonstrava ser uma pessoa violenta, que ela iria tomar a criança”, disse a delegada.
Ainda segundo a delegada, o pai da criança afirmou que, desde a separação do casal, a escolha da menina morar com ele foi da própria mulher.
A criança foi entregue ao Conselho Tutelar e voltou para a casa do pai, enquanto o revólver usado no crime foi apreendido com um dos suspeitos.
A mãe e os dois homens foram detidos e encaminhados à Justiça, para passar por audiência de custódia.