O servidor do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) foi preso nesta nesta quinta-feira (19) pela Polícia Federal. O suspeito faz parte de uma organização criminosa que estava infiltrada no Ipaam.
A prisão ocorreu durante a 5ª fase da Operação Greenwashing, que revelou um esquema de emissão de licenças ambientais fraudulentas no órgão. O homem ainda tentou despistar a polícia.
“Nesse sentido, apura-se que o servidor, integrante de organização criminosa instaurada no órgão ambiental, recebia propinas para omitir fiscalizações e acelerar processos de licenciamento em áreas indevidamente apropriadas, favorecendo diretamente a grilagem de terras.“, informou a PF.
Durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão, foram encontrados R$ 20.000 em espécie escondidos em uma caixa de telefone celular na residência do investigado.
“Além disso, já tendo tomado ciência da ação policial após despachar sua bagagem, o indivíduo decidiu não embarcar no voo que o levaria de volta a Manaus, na tentativa de frustrar o cumprimento das medidas judiciais.”, conclui.
Operação Greenwashing
A operação da Polícia Federal iniciou no dia 9 de dezembro deste ano, a ação investiga fraudes fundiárias e crimes ambientais por uma organização criminosa que atua na Amazônia há mais de uma década.
De acordo com a PF, servidores em cargos estratégicos no Ipaam utilizavam suas posições para facilitar práticas ilegais que resultavam em graves danos ao meio ambiente.
A investigação apontou que o esquema envolvia a emissão de licenças ambientais fraudulentas, a suspensão de multas e a concessão de autorizações irregulares para desmatamento.
Diretor do IPAAM exonerado
Após o início das ações da PF, o diretor-presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Juliano Valente, foi afastado do cargo.
Por meio de nota, o Governo do Amazonas informou que está à disposição para fornecer as informações necessárias e colaborar com as autoridades no esclarecimento dos fatos. O Estado destacou que não compactua com práticas ilícitas por parte de seus servidores e, por esse motivo, os envolvidos na operação foram afastados e exonerados de seus cargos.