Um evento curioso surpreendeu banhistas e pescadores no Balneário do Miriti, em Manacapuru, interior do Amazonas, no último domingo (5).

Após uma forte chuva, dezenas de peixes jaraquis começaram a saltar espontaneamente para as redes de pesca.

O fenômeno, apelidado de “benção de jaraqui”, rapidamente viralizou nas redes sociais. Vídeos mostram moradores e pescadores em clima de festa, capturando os peixes com entusiasmo.

O jaraqui, além de ser um dos peixes mais consumidos na região, é um símbolo marcante da culinária amazonense, presente em pratos tradicionais e muito apreciado pela população local. Para muitos, o momento foi interpretado como um presente da natureza.

Curiosidades sobre o peixe jaraqui

O jaraqui (nome científico Semaprochilodus spp. ) é um peixe típico da região amazônica e um dos mais importantes para a pesca e alimentação local. Conhecido por sua resistência e adaptação ao ecossistema fluvial, o jaraqui habita os rios, igarapés e lagos da Amazônia, sendo muito comum nas águas da bacia amazônica.

Esse peixe é caracterizado pelo seu corpo alongado e prateado, com barbatanas que facilitam sua movimentação rápida pela água. O jaraqui pode atingir até 60 cm de comprimento, mas é mais comumente encontrado em tamanhos menores.

Durante o período de cheia dos rios, os jaraquis costumam se deslocar para áreas alagadas em busca de alimentos.

Esse comportamento é uma característica que facilita sua captura, pois os peixes ficam mais concentrados em regiões como praias e áreas de fácil acesso para as redes de pesca.

O jaraqui tem grande importância na dieta dos povos amazônicos. Sua carne é chinesa e nutritiva, sendo amplamente consumida de diversas formas, como assada, frita ou na preparação de caldos e sopas.

Além disso, é muito utilizado na produção de farinha de peixe, um produto típico da culinária local.

Quarenta peixes-bois são mortos por caçadores no AM

No dia 17 de outubro de 2024 pelo menos 40 peixes-bois foram mortos por caçadores em Silves, no interior do Amazonas. Os couros da espécie amazônica, além de materiais de caça, estavam em um acampamento descoberto após denúncia.

Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Silves, a denúncia da matança de peixe-boi indicava o lago do rio Urubu na comunidade da Nossa Senhora do Carmo da Eva como o local onde os caçadores realizam a prática ilegal.