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Ibama pode autorizar exploração de petróleo na Foz do Amazonas em 2025, apesar de alertas ambientais

Exploração de petróleo na Foz do Amazonas

A possível aprovação ocorre em um momento delicado para o Brasil Foto: Divulgação/Embratur

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) pode autorizar a exploração de petróleo na bacia da Foz do Amazonas em 2025.

A declaração foi feita ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e publicada pela Folha de São Paulo.

A medida contraria alertas de especialistas sobre os riscos ambientais e sociais do projeto, prioridade para a Petrobras e o governo Lula.

Em outubro de 2024, o Ibama rejeitou o pedido da Petrobras – Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Foz do Amazonas

A Foz do Amazonas, uma área de 350 mil km² entre o Pará e a Guiana Francesa, abriga o maior corredor de manguezais do mundo e o Grande Sistema de Recifes da Amazônia.

Contudo, a região abriga povos indígenas, comunidades quilombolas e ribeirinhas, que podem ser diretamente afetados caso o Ibama autorize a exploração de petróleo na Foz do Amazonas.

Pedido rejeitado pelo Ibama

Em outubro de 2024, o Ibama rejeitou o pedido da Petrobras, apontando a falta de alternativas para mitigar possíveis desastres, como vazamentos de óleo.

Exploração de pretrólio na Foz do Amazonas volta a ser debatida – Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Apesar disso, Silveira afirmou que “não há motivo para não licenciar” e que o processo não deve ser afetado por questões ideológicas.

Alertas ambientais

Especialistas destacam os riscos ambientais e sociais. Um acidente na região poderia atingir até a Guiana Francesa em 48 horas, sem estrutura local para conter vazamentos.

Além disso, promessas de desenvolvimento econômico e geração de empregos são questionadas, já que grande parte da mão de obra qualificada vem de fora das comunidades locais.

Pressão sobre o governo

A possível aprovação ocorre em um momento delicado para o Brasil, que sediará a COP30 em 2025, um evento global focado em discutir a crise climática.

Críticos afirmam que a decisão contradiz os compromissos climáticos do país e reforçam a necessidade de priorizar fontes de energia renováveis em vez de combustíveis fósseis.

Grupos ambientais e movimentos sociais defendem maior pressão sobre o governo para evitar danos irreversíveis à biodiversidade e às populações locais. Eles enfatizam a urgência de uma transição energética responsável.

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