Na primeira noite do 57º Festival Folclórico de Parintins, Isabelle Nogueira mostrou a evolução da Cunhã-Poranga para o jaguar onipresente da visão Kanamari.
“O poder sobrenatural deste ser é capaz de equilibrar forças contrárias, afastar pessoas sinistras e espíritos imprestáveis, os adyab, curar enfermos, e conduzir os mortos ao bom céu”, explica o Boi da Baixa do São José.
Isabelle Nogueira desceu de uma das alegorias representativas dos povos da floresta encantada do Ritual Indígena de transcendência Kanamari. Ela dançou ao som da toada “Isa-a-Bela”, que esteve em alta em 2024.
A Cunhã-Poranga do Garantido se transformou para representar a força da mulher amazônica, antes de virar a onça ou um dyohko, o jaguar onipresente.
Nesta primeira noite de Festival de Parintins, Isabelle Nogueira apresentou-se junto do Amo do Boi Garantido, João Paulo Faria. Ele prestou homenagem à contribuição da ex-BBB para visibilidade do Festival Folclórico.
As alegorias, com nove módulos, são dos artistas Ozeas Bentes e Neto Barbosa. Elas chegam a medir 20 metros.
57º Festival Folclórico de Parintins
Caprichoso e Garantido disputam o 57º Festival Folclórico de Parintins, que vai até domingo (30). Para o boi Caprichoso, a vitória pode representar o tricampeonato consecutivo.
O Festival Folclórico de Parintins começou em 1965 e é uma das maiores festas culturais do Brasil. Durante três dias, as torcidas dos bois Caprichoso (azul) e Garantido (vermelho) se reúnem no Bumbódromo para torcer por seus bois favoritos.
As apresentações incluem danças, músicas e encenações que contam lendas e histórias da região amazônica.
No retrospecto geral, o Garantido leva vantagem com 32 vitórias, enquanto o Caprichoso tem 25. Desde 2018, o festival é considerado Patrimônio Cultural do Brasil e atrai milhares de pessoas do país e do exterior.
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