A cultura e a diversidade ecológica da região amazônica foram vivenciadas, entre os dias 27 e 31 de março por estudantes intercambistas da Itália, Dinamarca, Tailândia, Holanda, Canadá e Islândia.
O programa “Explorando a Amazônia 2024”, promovido pela American Field Service (AFS) Manaus, da AFS Intercultura Brasil e AFS Intercultural Programs, desenhou uma grande excursão na capital amazonense.
De acordo com o voluntário e Presidente do Comitê Manaus da AFS, o empreendedor e pedagogo amazonense Jhony Abreu (fundador da startup EduMaker Brasil, com foco na robótica educacional), a ideia surgiu da necessidade de promover uma conexão mais profunda entre os participantes e o ambiente amazônico.
“O programa foi todo estruturado em atividades que explorassem a história, a cultura e a biodiversidade local, promovendo uma consciência ambiental e intercultural”, explica Jhony Abreu.
Segundo ele, em 2023, foi realizado um projeto piloto que atendeu as expectativas da proposta apresentada pelo programa de forma muito positiva.
Este ano, uma programação cuidadosamente planejada foi construída para cobrir uma variedade de experiências educativas e recreativas, abrangendo desde passeios fluviais que revelam a majestosa vida selvagem e ecossistemas únicos da região.
A excursão promoveu visita a locais históricos e culturais que contam a história da Amazônia e de suas comunidades, foi aplicada com o grupo de estudantes.
“Cada atividade teve um motivo que no geral era oferecer aos participantes uma compreensão holística e multidimensional da importância global da Amazônia”, afirma Jhony Abreu.
Ainda de acordo com o presidente, o programa acolhe um número diversificado de alunos, variando em nacionalidades, o que enriquece a experiência ao promover um intercâmbio cultural entre os participantes.
“Esses alunos estão realizando o intercâmbio em outros comitês de capitais e cidades brasileiras e o “Explorando a Amazônia 2024” é realmente uma imersão e uma oportunidade de fomentar um ambiente de aprendizado mútuo, onde os participantes não apenas exploram a Amazônia, mas também compartilham suas próprias culturas e perspectivas”, analisa.
Para a estudante Italiana de 17 anos, Marta Mureddu, a participação no programa foi válida porque representa uma oportunidade única de aprendizado, aventura e contribuição social, alinhando-se aos valores de intercâmbio cultural, educação ambiental e inclusão social que o AFS promove globalmente.
“Eu achei o projeto importante pois é necessário mostrar também a cultura e a natureza da Amazônia pois é um lugar único no mundo. E foi fascinante poder viver essa experiência”, aponta.
Experiências e roteiro pela Amazônia
Durante os passeios, os estudantes conheceram: o Teatro Amazonas (Onde assistiram ao espetáculo musical: Clássicos do Jazz e da Música Brasileira com a Amazonas Band); Centro Cultural Largo São Sebastião; Mercado Municipal Adolpho Lisboa; Centro Cultural Palácio da Justiça; Orla da praia da Ponta Negra.
Também realizaram um passeio fluvial e conheceram de perto o Encontro das Águas, Lago Janauari.
No local, degustaram as iguarias regionais em um restaurante flutuante, bem como visitaram comunidades ribeirinhas e também participaram e observaram alguns rituais de povos originários do Alto Rio Negro, entre outras atividades.
Os intercambistas ainda conheceram as Ruínas de Paricatuba, as Cachoeiras de Presidente Figueiredo, Reserva Florestal Adolpho Ducke: O Museu da Amazônia (MUSA) e participaram do ensaio de abertura dos ensaios dos Bumbás 2024, no Curral do Boi Garantido em Manaus, no sambódromo.
Para Jhony Abreu, programas deste porte desempenham um papel crucial na promoção de conexões e experiências culturais entre estudantes e famílias, contribuindo para o desenvolvimento de competências interculturais, respeito mútuo e compreensão global.
“Essas iniciativas são fundamentais para preparar jovens líderes capazes de agir conscientemente em um mundo cada vez mais globalizado e interconectado”, conclui.
AFS Intercultural Programs
A missão e o espírito AFS nasceram em 1914 em meio à Primeira Guerra Mundial quando jovens idealistas se recusaram a participar de combates e entraram no campo de batalha como motoristas de ambulância para socorrer feridos, independentemente de sua nacionalidade ou cultura.
Este mesmo trabalho foi retomado na Segunda Guerra Mundial. Após a guerra, um grupo de veteranos do AFS percebeu a necessidade de promover o entendimento e a irmandade internacional como forma de diminuir a intolerância entre os povos.
Eles escolheram que a melhor forma de fazer isso é por meio de experiências de imersão cultural.
Assim, em 1947, surgia o AFS Intercultural Programs, hoje, a maior organização de intercâmbio cultural do mundo.
Além disso, a AFS acredita que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU #4 e #16 proporcionam um roteiro para ajudar a fazer do nosso mundo um lugar melhor para todas as pessoas.
* Com informações da Assessoria