A Amazônia registra um recorde de incêndios florestais, com 21.221 focos de calor entre 1º de janeiro e 26 de julho de 2024, segundo o programa BDQueimadas do Inpe. O número representa um aumento de 75% em relação ao mesmo período de 2023, que teve 12.114 focos.
Voluntários da Brigada de Alter, em Santarém (PA), junto com uma força-tarefa nacional, enfrentam um aumento significativo de incêndios e se preparam para um ano desafiador.
A seca histórica do ano passado facilitou a propagação das chamas em áreas de vegetação nativa, complicando ainda mais o combate às queimadas. Rios em níveis recordes de baixa dificultam o acesso a vilarejos indígenas e ribeirinhos.
Em 2024, a situação promete ser ainda mais grave, com chuvas abaixo do esperado e a seca começando mais cedo.
O fenômeno La Niña, previsto para o segundo semestre, pode trazer chuvas, mas sua intensidade é incerta. A ONG Greenpeace relatou 1.318 focos de calor em apenas dois dias, 23 e 24 de julho.
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) atribui a intensificação dos incêndios às mudanças climáticas e ao forte El Niño iniciado em 2023.
Roraima é o estado mais afetado nos primeiros meses de 2024. O MMA destaca que 31,7% dos incêndios ocorrem em vegetação primária e 15,5% em áreas desmatadas.
O governo federal criou uma sala de situação para coordenar a resposta aos incêndios e à estiagem, destinando R$ 405 milhões aos Corpos de Bombeiros da Amazônia Legal.
Ibama e ICMBio terão mais de 3.000 brigadistas para enfrentar a temporada de fogo em 2024. A Brigada de Alter do Chão inicia nesta segunda-feira (29) um curso de formação para capacitar 27 novos brigadistas, promovido junto ao ICMBio com recursos de ONGs.
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