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Incêndios na Amazônia já destruíram um terço da vegetação nativa

Incêndios na Amazônia devastam vegetação nativa

Incêndios na Amazônia devastam vegetação nativa. Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

A Amazônia enfrenta uma grave crise devido ao aumento dos incêndios florestais. O clima seco e as altas temperaturas têm causado devastação em áreas que antes estavam intactas.

Desde o início do ano, a região registrou 82 mil focos de incêndio, exacerbados por uma seca histórica e o aumento das temperaturas.

Além disso, de acordo com o segundo relatório do Monitor do Fogo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), divulgado nesta quinta-feira (12), um terço da vegetação nativa foi afetada pelo fogo.

Na terça-feira (10), em Manaus, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com prefeitos dos 62 municípios amazonenses e anunciou medidas para mitigar os efeitos da seca severa na região.

Lula destacou a gravidade da situação, afirmando: “Nossa principal agenda no Amazonas é tratar da seca e das queimadas, que levamos muito a sério. Muitas dessas queimadas são propositais e ocorrem em propriedades privadas. Estamos enfrentando a maior seca dos últimos 40 anos.”

O presidente também criticou as queimadas ilegais, dizendo: “Esse fogo é criminoso. É gente que está tentando destruir o país”, concluiu.

Ontem, Lula disse em entrevista à Rádio Norte FM que 52 inquéritos investigam incêndios na Amazônia.

Além disso, afirmou que o combate ao crime organizado e às queimadas são prioridades

A Amazônia concentra a maior quantidade de focos, com 1.558, seguida pelo Cerrado, com 811; Caatinga, com 188; Mata Atlântica, com 168; Pantanal, com 28; e Pampa, com cinco focos identificados.

Quando vai chover?

As chuvas devem demorar para chegar na maior parte do Brasil, de acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

A previsão indica que as áreas mais impactadas pela seca não registrarão volumes significativos de chuva neste ano.

A região Centro-Norte do Brasil registrará volumes de chuva abaixo do esperado até novembro.

Além disso, a seca pode se prolongar nessa região pelos próximos três meses.

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