O presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva e o líder da China Xi Jinping firmaram nesta quarta-feira (20) importantes acordos de cooperação durante encontro no Palácio da Alvorada, em Brasília, que podem beneficiar a economia da Amazônia.
Entre os destaques, está a abertura de quatro novos mercados para produtos agropecuários brasileiros, reforçando a parceria comercial entre os dois países.
A China autorizou a importação de farinha de peixe, óleo de peixe e outras proteínas e gorduras derivadas do pescado para ração animal, produtos que são produzidos na região amazônica.
Outros pontos dos acordos entre o Brasil e China que podem beneficiar a economia da Amazônia envolvem a pauta do desenvolvimento sustentável, citado em quatro acordos. São eles:
- Declaração Conjunta sobre a formação conjunta da Comunidade de Futuro Compartilhado China-Brasil por um Mundo mais Justo e um Planeta mais Sustentável;
- Carta de Intenções sobre a Promoção da Cooperação de Investimento para Desenvolvimento Sustentável entre o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços do Brasil e o Ministério do Comércio da China;
- Memorando de Entendimento sobre Cooperação em Transformação Ecológica e Desenvolvimento Verde entre o Ministério da Fazenda do Brasil e a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China;
- Memorando de Entendimento entre o Ministério de Minas e Energia do Brasil e a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China sobre Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável da Mineração.
Acordos entre Brasil e China permitem maior abertura econômica e oportunidades na Amazônia
Ao Portal Norte, o advogado tributarista Victor Bastos afirmou que a assinatura entre os países permite um grande potencial de oportunidades econômicas tanto para o Brasil quanto para a China, sendo uma direção positiva para as empresas brasileiras construírem um horizonte de novos negócios.
“Imaginemos os produtores vinculados ao mercado de piscicultura e toda a cadeia produtiva originada desse mercado. Hoje com barreiras operacionais para alguns mercados, esses empreendedores passam a vislumbrar a oportunidade de abertura para negócios com a China através da facilitação de regras, uniformização de entendimentos e de procedimentos aduaneiros, e o estabelecimento de uma base comum de informações que otimizam os negócios”, diz Victor Bastos.
Para a Amazônia, os impactos econômicos a curto prazo são de pouco efeito, conforme Victor Bastos. Isso porque, normalmente os textos não apresentam aplicações iminentes e, por consequência, as oportunidades devem surgir em tempo diferentes.
“Mas, os acertos de alinhamentos de procedimentos aduaneiros, bases comuns de informação e facilidades procedimentais são, certamente, notícia excelente que pautará planejamentos de atuais e de novos negócios. Preparar-se agora, conforme os acertos avançam, significa estar pronto para quando a oportunidade efetivamente surgir’, aponta Bastos.