A Dinamarca revelou nesta sexta-feira (29) sua primeira contribuição ao Fundo Amazônia, totalizando 150 milhões de coroas dinamarquesas (aproximadamente R$ 127 milhões).
O anúncio foi feito durante uma reunião em Brasília com o BNDES, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e embaixadores de países já doadores do fundo.
O vice-chefe de missão da Embaixada Real da Dinamarca, Leif Kokholm, destacou a importância da parceria. Ele apontou para os desafios e oportunidades compartilhados pelos dois países, como a COP30, a ser realizada em Belém, e a presidência dinamarquesa da União Europeia, ambos em 2025.
Os maiores doadores do Fundo Amazônia
Desde 2008, o Fundo Amazônia recebeu cerca de R$ 4,5 bilhões em doações. A Noruega lidera, com mais de US$ 1,26 bilhão (R$ 3,46 bilhões), seguida pela Alemanha (R$ 388 milhões).
Recentemente, os Estados Unidos se destacaram com anúncios de novos aportes, incluindo US$ 50 milhões prometidos por Joe Biden, embora ainda dependam de aprovação no Congresso americano. Outras contribuições vêm da Suíça, Petrobras e Japão.
Como os recursos são utilizados?
O fundo financia projetos voltados à conservação da floresta amazônica, combate ao desmatamento e uso sustentável do bioma. Até 20% dos recursos podem ser destinados a outros biomas brasileiros. Governos, ONGs e empresas podem propor projetos, com a gestão dos recursos sendo coordenada pelo BNDES em conjunto com comitês técnicos e orientadores.
Fundo Amazônia como modelo global
O mecanismo segue parâmetros de REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação), proposto pelo Brasil em 2006. Ele se tornou referência mundial na formulação de políticas de combate ao desmatamento, fortalecendo a posição do país na liderança ambiental.
Com a nova contribuição dinamarquesa, o Fundo Amazônia continua a se consolidar como uma ferramenta crucial para preservar a maior floresta tropical do planeta. O Fundo Amazônia também possui diversos projetos.