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Amazônia tem mais de 20 mil fazendas em áreas de proteção e indígenas

Aerial view of a deforested area of the Amazonia rainforest in the surroundings of the BR-319 highway at the city of Humaita, Amazonas state, Brazil, on September 15, 2022. (Photo by MICHAEL DANTAS / AFP)

A Amazônia enfrenta um grave problema de ocupação ilegal de terras protegidas com a presença de fazendas.

De acordo com o estudo Cartografias da Violência na Amazônia, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em parceria com o Instituto Mãe Crioula, mais de 20 mil fazendas estão sobrepostas a terras indígenas e unidades de conservação na região.

Fazendas na Amazônia

A análise dos dados do Sistema de Cadastro Ambiental Rural (Sicar) revelou que 8.610 dessas propriedades estão situadas em terras indígenas, enquanto 11.866 invadem unidades de conservação. Estados como Pará, Maranhão e Mato Grosso lideram os casos de sobreposição.

Essas áreas, que deveriam ser preservadas, enfrentam desmatamento e exploração ilegal de madeira, resultando em conflitos diretos com as populações indígenas.

A situação é ainda mais crítica nas unidades de conservação. Mais de 11,8 mil propriedades ilegais foram identificadas, sendo o Pará novamente o estado com maior número de registros (4.489). As áreas mais afetadas incluem:

No Amazonas, o Parque Nacional dos Campos Amazônicos e a Flona de Aripuanã também estão entre as mais prejudicadas, impulsionadas pela grilagem de terras e exploração madeireira.

Grilagem cresceu em 313%

Entre 2018 e 2023, os registros de grilagem na Amazônia aumentaram mais de 300%. No Pará, 35 ocorrências foram registradas em 2023, enquanto Roraima contabilizou 33. Entretanto, estados como Amazonas revelam lacunas na fiscalização, com apenas seis casos reportados no período.

Com informações do Metrópoles

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