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Aranha-violinista: conheça os riscos após morte de jovem na Itália

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De acordo com o Ministério da Saúde, as aranhas não são agressivas e costumam picar apenas quando pressionadas contra o corpo - Foto: Divulgação/Shutterstock.

Giuseppe Russo, um jovem de 23 anos, faleceu em Collepasso, na região da Puglia, no sul da Itália, após complicações decorrentes de uma picada de aranha-violinista. A imprensa local relatou o caso no último fim de semana.

A vítima sofreu choque séptico e falência de órgãos vitais mais de um mês após ser picado na perna enquanto trabalhava no campo.

Conforme a agência de notícias Ansa, este é o segundo caso fatal relacionado a picadas de aranhas dessa espécie registrado durante o verão na Itália. Em julho, um policial siciliano de 52 anos, Franco Aiello, também morreu em decorrência de uma picada similar.

Em fevereiro deste ano, uma mulher grávida teve necrose na perna após ser picada por uma aranha-violinista em São Paulo.

O que é?

A aranha-violinista (Loxosceles reclusa), com até 7,5 mm de comprimento, recebe o nome devido a uma mancha em forma de violino em seu corpo. Além disso, a espécie geralmente se encontra em terrenos áridos e fendas, frequentemente em áreas próximas a residências, especialmente em jardins.

Ademais, o banco de dados mundial de aranhas do Museu de História Natural de Berna catalogou o aracnídeo, que está presente em vários países, incluindo regiões mediterrâneas, partes da Ásia e América do Norte.

Aranha-violinista no Brasil

O Ministério da Saúde classifica diversas espécies do gênero Loxosceles, conhecidas como aranha-marrom, aranha-violino ou aranha-violinista, como de importância significativa para a saúde pública, ao lado dos gêneros Phoneutria e Latrodectus.

De acordo com o ministério, as aranhas não são agressivas e costumam picar apenas quando pressionadas contra o corpo.

“Elas possuem hábitos noturnos, constroem teias irregulares, como ‘algodão esfiapado’. Escondem-se em telhas, tijolos, madeiras, atrás ou embaixo de móveis, quadros, rodapés, caixas ou objetos armazenados em depósitos, garagens, porões, e outros ambientes com pouca iluminação e movimentação”, explica o órgão.

Os acidentes que envolvem o aracnídeo são mais frequentes de outubro a março, período que coincide com a sazonalidade dos acidentes ofídicos (por serpentes) e escorpiônicos.

A região Sul do Brasil registrou cerca de 80% dos casos, com 8.748 acidentes em 2023, dos quais 6.460 ocorreram nos estados sulistas.

A maioria das aranhas possui glândulas de veneno e pode causar envenenamento, com exceção das famílias Uloboridae e Holoarchaeidae, que não possuem as glândulas.

Em caso de acidente, o ministério recomenda lavar o local da picada, aplicar compressas mornas para aliviar a dor e buscar atendimento médico imediatamente. Se possível, deve-se levar a aranha para identificação ou uma foto nítida.

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