Após a deflagração da operação Nero, quatro pessoas foram presas até o momento na ação conjunta da Polícia Federal (PF) e da Polícia Civil do DF (PCDF). Outros sete indivíduos continuam foragidos.
Uma das pessoas foi presa no Distrito Federal e é de São Paulo. A informação foi divulgada por representantes das forças policiais que participaram de coletiva no edifício-sede da Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (29).
+ Envie esta notícia no seu WhatsApp
+ Envie esta notícia no seu Telegram
Operação da PF
Ao todo, são 11 mandados de prisão e 21 mandados de busca e apreensão em diversos estados do Brasil. Confira onde as quatro pessoas foram presas:
- Rondônia: 2 prisões
- Rio de Janeiro: 1 prisão
- Distrito Federal: 1 prisão
Entre os foragidos há cabeleiros, empresários do agronegócio, pastores e pessoas envolvidas com o garimpo.
Segundo os policiais, a Polícia Civil e a Polícia Federal se dividiram para realizar as investigações dos envolvidos nos atos criminosos em 12 de dezembro.
A PF iniciou a investigação sobre quem atuou atacando o complexo da PF e do departamento penitenciário e a PC apurou a atuação de todos os indivíduos na capital federal.
No entanto, as duas corporações identificaram alvos convergentes.
São 200 policiais envolvidos entre policiais civis e federais na operação deflagrada na manhã desta quinta.
RELACIONADAS
+ PF e PCDF deflagram operação para prender participantes de atos antidemocráticos
Segundo Leonardo Cardoso, diretor do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da PCDF, não havia planejamento prévio para os atos de vandalismo.
Até o momento, a Polícia Civil identificou 40 pessoas que participaram dos atos criminosos no dia 12 de dezembro em Brasília.
De acordo com Cléo Matusiak Mazzotti, diretor de investigação e combate ao crime organizado e à corrupção em exercício, os indivíduos transitaram pelo acampamento no quartel-general e postaram fotos em redes sociais.
Sobre o tempo entre os atos de vandalismo e a deflagração da operação para prender os criminosos, Mazzotti destacou ainda que é o período para a realização das investigações. “ Foram 17 dias, a investigação tem um tempo próprio, não é o tempo da imprensa e nem o tempo político”, disse.
O financiamento dos atos criminosos será alvo de investigação na segunda etapa da operação.
Operação Nero
A Polícia Federal (PF) e a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagraram uma operação para prender suspeitos de envolvimento na tentativa de invasão do edifício-sede da PF, em Brasília, em 12 de dezembro.
Nesta data, carros e ônibus foram incendiados pelos suspeitos, vias foram bloqueadas e semáforos e placas do centro da capital federal foram depredados.
A operação, denominada de Operação Nero, ocorre em sete estados, além do Distrito Federal. São eles:
- Rondônia;
- Pará;
- Mato Grosso;
- Tocantins;
- Ceará;
- São Paulo;
- E Rio de Janeiro.
Policiais federais e civis cumprem 32 ordens judiciais de busca e apreensão e de prisão, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A investigação identificou as condutas individuais de cada suspeito de depredação de bens públicos e particulares, de financiamento dos atos criminosos ou de incitação do vandalismo.
Os suspeitos podem ser punidos por dano qualificado, incêndio majorado, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
As penas máximas somadas atingem 34 anos de prisão.