O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou, nesta sexta-feira (13), abertura de novo inquérito para investigar o governador do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha.

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O inquérito também deve apurar atuação do ex-secretário de Segurança Pública do estado, Anderson Torres.

O governador do DF foi afastado por 90 dias e Torres foi exonerado do cargo após os ataques na capital federal no domingo (8).

Novo inquérito

A investigação pretende entender as condutas do governador e dos comandantes da segurança pública no DF no dia dos atos criminosos.

Além de Ibaneis e Torres, outras autoridades da segurança do Distrito Federal também serão investigadas por omissão durante atos antidemocráticos:

– Fernando de Sousa Oliveira: secretário de Segurança Pública em exercício durante os atos antidemocráticos, que substituiu Torres durante viagem aos EUA;

– Fábio Augusto Vieira: ex-comandante-geral da Polícia Militar, responsável pela Polícia Militar do DF no domingo (8).

A abertura de inquérito para investigação das quatro autoridades atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

A decisão sobre novo inquérito foi assinada pleo ministro Alexandre de Moraes na quinta-feira (12).

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Posicionamento de Ibaneis

Antecipando a intimação da Polícia Federal (PF), o governador afastado do DF, Ibaneis Rocha, prestou depoimento nesta sexta-feira (13) aos agentes federais.

Ibaneis chegou ao prédio da PF, em Brasília, por volta das 11h da manhã e saiu quase três horas depois.

No mesmo dia dos atos antidemocráticos em Brasília, no último domingo (8), Ibaneis postou um vídeo em suas redes sociais pedindo desculpas às autoridades dos três poderes.

“Todos sabem da minha origem democrática […] o que aconteceu hoje na nossa cidade foi inaceitável. […] São verdadeiros vândalos, verdadeiros terroristas”, afirmou no vídeo.

Abaixo, assista ao vídeo das desculpas de Ibaneis:

Posicionamento de Torres

Em suas redes sociais, Anderson Torres afirmou que um documento sobre possível tentativa de invalidar as eleições estava em uma pilha de descarte.

Segundo o ex-gestor, o texto da minuta tem sido usado fora de contexto.

“Tudo seria levado para ser triturado oportunamente no MJSP. O citado documento foi apanhado quando eu não estava lá e vazado fora de contexto, ajudando a alimentar narrativas falaciosas contra mim”, disse.

Anderson Torres ainda disse que respeita a democracia brasileira e tem “consciência tranquila” quanto a sua atuação como ministro da Justiça no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A defesa de Torres informou que ele vai retornar ao Brasil assim que conseguir lugar em um voo.

Segundo a defesa, a dificuldade é devido à pane no sistema de controle de voos norte-americano.