O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres deve prestar um novo depoimento à Polícia Federal na próxima semana, segundo a colunista do portal Uol, Juliana Dal Piva.

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Torres deve falar sobre sua versão das acusações de omissão e também sobre a minuta que pretendia decretar estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

Mais cedo, nesta quarta-feira (18), o ex-gestor teve seu depoimento iniciado no 4° Batalhão da Polícia Militar do DF.

Silêncio de Torres

O interrogatório, que durou pouco mais de 1 hora, teve apenas o silêncio do ex-ministro de Bolsonaro.

Anderson ficou em silêncio, segundo apuração do Uol, porque sua defesa não teve acesso aos autos de dois dos três inquéritos em que ele é investigado.

O ex-gestor está detido há quatro dias no batalhão localizado no Guará, região administrativa do DF.

O ex-secretário foi preso pela PF ao chegar no Aeroporto de Brasília, no último sábado (14), e passou por audiência de custódia virtual no mesmo dia.

A Justiça decidiu que o investigado deveria continuar preso. A determinação da prisão do ex-secretário foi feita pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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O ex-gestor é investigado por omissão culposa nos atos antidemocráticos cometidos em Brasília no dia 8 de janeiro.

Enquanto extremistas destruíam patrimônio público e provocavam terror em Brasília, o então secretário de Segurança Pública estava de férias em Orlando, nos Estados Unidos. 

Após o ocorrido, o ex-secretário foi exonerado do cargo pelo governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), que também é investigado por conivência e segue afastado do cargo. 

Na terça (17), Anderson Torres recebeu atendimento de psiquiatra da Secretaria de Saúde do DF.