Ícone do site Portal Norte

Moraes conclui análise e mantém 942 bolsonaristas radicais presos

Moraes vota a favor de condenar mais 29 acusados por participarem dos atos de 8 de janeiro - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes votou a favor de condenar mais 29 acusados por participação no 8 de janeiro - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a prisão de 942 bolsonaristas radicais detidos nos atos golpistas contra as sedes dos três poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.

+ Envie esta notícia no seu WhatsApp

+ Envie esta notícia no seu Telegram

Moraes também decidiu que outras 464 pessoas fossem liberadas mediante aplicação de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, por exemplo.

A análise de 1.459 atas de audiência relativas a 1.406 presos foi concluída pelo ministro sexta.

O número de audiências de custódia difere do de presos porque, em alguns casos, os detidos foram submetidos a mais de uma audiência – por não terem ainda advogados, por exemplo.

Os procedimentos foram realizados até o último dia 17, em um mutirão que teve a coordenação da Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O processo teve a participação de juízes do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) e 513 por juízes do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).

Todas as decisões serão enviadas aos diretores do presídio da Papuda e da Polícia Federal.

Além disso, o ministro determinou que a Procuradoria Geral da República (PGR), a Defensoria Pública e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sejam informadas também do teor das determinações.

Segundo o balanço divulgado pelo Supremo, as prisões de 942 pessoas em flagrantes foram convertidas para prisões preventivas – quando não há prazo previamente fixado para acabar. tendo como base a necessidade de garantia da ordem pública e da efetividade das investigações.

Crimes apontados por Moraes:

O ministro considerou que as condutas foram gravíssimas e “houve flagrante afronta à manutenção do estado democrático de direito, em evidente descompasso com a garantia da liberdade de expressão”.

Além disso, Moraes entendeu que há provas de participação efetiva dos investigados em uma organização criminosa que atuou para desestabilizar instituições democráticas no país.

RELACIONADAS

+ Operação da PF prende 4 envolvidos em atos de 8 de janeiro no DF

+ Atos golpistas: Moraes mantém a prisão de 740 radicais bolsonaristas

+ Bloqueio de bens de financiadores de atos golpistas vai a R$ 18,5 milhões

Liberdade provisória

Para outras 464 pessoas, o ministro concedeu liberdade provisória, mas elas terão de obedecer às medidas cautelares, como:

Nesses casos, Moraes concluiu que, embora haja “fortes indícios” de participação nos crimes – especialmente o de “tentar depor o governo legalmente constituído” – até o momento ainda não foram incluídas nas apurações provas da prática de violência, invasão dos prédios e depredação do patrimônio público.

Sair da versão mobile