A Justiça Federal do Distrito Federal bloqueou, nesta segunda-feira (30), os bens de 40 presos em flagrante por depredação dos prédios da Praça dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro. 

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O pedido foi feito pela Advocacia-Geral da União (AGU) com o objetivo de assegurar o ressarcimento aos cofres públicos em caso de posterior condenação definitiva dos envolvidos.

Justiça e bloqueios de bens

Ao todo, até o momento, já são 92 pessoas e sete empresas com o patrimônio bloqueado por financiar ou participar dos atos antidemocráticos.

O terceiro pedido de bloqueio de bens movido pela AGU, proposto na última sexta (27), que abrange outros 42 presos em flagrante, ainda aguarda análise da Justiça.

Nas ações, a AGU defende que todos os envolvidos, sejam financiadores ou depredadores, devem responder pelo prejuízo causado ao patrimônio público – que até o momento é estimado em R$ 18,5 milhões. 

Ao menos R$ 4,3 milhões só em veículos de pessoas e empresas envolvidas já estão bloqueados pela Justiça.

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Atos antidemocráticos

A organização dos atos criminosos começou durante o fim de semana dos dias 7 e 8 de janeiro, quando diversos ônibus chegaram ao acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília.

No domingo, às 14h, os criminosos percorreram 8 km até a Praça dos Três Poderes, escoltados pela Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF).

Os extremistas invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF).

Na ocasião, os agressores destruíram obras de arte, móveis, quebraram espelhos, vidros e janelas, depredaram computadores e roubaram armas.

Além disso, segundo o Sindicato de Jornalista do DF, cerca de 16 jornalistas foram agredidos ou tiveram seu material roubado pelos criminosos.