Ações emergenciais para preservar o Arquivo Nacional vão ser tomadas pelo ministério de Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.

É o que afirmou a ministra, Esther Dweck na manhã desta quarta-feira (15).

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Nesta quarta, uma equipe do ministério vai à sede do Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro, para analisar a situação depois das fortes chuvas na região. 

Ruas foram alagadas e pedestres precisaram aguardar durante horas o volume da água diminuir na volta do trabalho nesta terça-feira (14) no Rio de Janeiro. 

Além disso, a ministra anunciou, em suas redes sociais, a nomeação de Ana Flávia Magalhães Pinto para direção do Arquivo Nacional.

Ana Flávia é professora do Departamento de História da Universidade de Brasília (UnB), além de ativista dos movimentos negro e das mulheres negras. 

Segundo Esther Dweck, Ana Flávia vai imprimir “novas medidas de preservação desse acervo essencial para a memória do país.

Além da função de diretora-geral do Arquivo Nacional, Ana Flávia vai assumir a presidência do Conselho Nacional de Arquivos (Conarq) e da comissão de coordenação do Sistema de Gestão de Documentos e Arquivos (Siga).

Ana Flávia é a segunda mulher negra a ocupar o cargo de diretora-geral no Arquivo Nacional, desde 1838, quando o órgão foi criado.

Maria Izabel de Oliveira foi a primeira. 

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Arquivo Nacional 

O Arquivo Nacional tem sob sua guarda um vasto acervo, que conta parte importante da história do Brasil. 

Tanto em sua sede, no Rio de Janeiro, como em sua Superintendência Regional em Brasília, o órgão preserva e dá acesso a um patrimônio documental de cerca de milhões de textos (que se fossem empilhados somariam 55 quilômetros). 

Entre os documentos que podem ser encontrados na sede do Rio de Janeiro estão a Lei Áurea, que extinguiu a escravatura no Brasil, e a Lei do Ventre Livre, que determinou que depois de 1871 as mulheres escravizadas dariam à luz apenas bebês livres.

Além disso, o Arquivo Nacional guarda cerca de 1,91 milhão de fotografias e negativos, 200 álbuns fotográficos, 15 mil diapositivos, 4 mil caricaturas e charges, 6 mil cartazes e cartazetes, mil cartões postais.

Imagens raras da Família Real Brasileira e da construção de Brasília podem ser encontradas no Arquivo Nacional. 

O acervo artístico do Arquivo também é amplo. Cerca de 1.200 desenhos, 200 gravuras e 21 mil ilustrações, 44.000 mapas e plantas arquitetônicas, filmes, registros sonoros e uma coleção de livros que supera 112 mil títulos, sendo 8 mil raros.