São Sebastião, uma das cidades mais afetadas pelas fortes chuvas no litoral de São Paulo, não recebe verba da Defesa Civil para prevenção de desastres naturais desde 2013.

Até o momento já são 47 mortes confirmadas na cidade e mais de 2 mil de pessoas atingidas, entre desabrigadas e desalojadas.

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A Defesa Civil é responsável por repassar dinheiro aos municípios paulistas para mitigar riscos de tragédias.

Como a que ocorreu nesse último carnaval em São Paulo.

O órgão tem ações estratégicas destinadas à prevenção de acidentes, como deslizamento de terra e assistência a vítimas de tragédias naturais.

A cidade de Sebastião não foi contemplada com verba em nenhuma das quatro ações da Defesa Civil paulista, durante os últimos 9 anos, nos governos de:

  • Geraldo Alckmin;
  • Márcio França;
  • João Doria;
  • E Rodrigo Garcia.

Verba para São Sebastião

Última vez que a cidade recebeu repasse de recursos foi em 2013, no valor de R$1,76 milhão.

E esse não é apenas o caso de São Sebastião.

Das 6 cidades que decretaram estado de calamidade por conta das chuvas no final de semana, apenas Ubatuba, onde houve uma morte confirmada, recebeu verba de prevenção a desastres.

As cidades de Bertioga, Caraguatatuba, Ilhabela e Guarujá não recebem repasse desde 2010.

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Desmoronamento causado pelas chuvas no bairro Itatinga, conhecido como Topolândia, no litoral norte de São Paulo - Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Desmoronamento causado pelas chuvas no bairro Itatinga, conhecido como Topolândia, no litoral norte de São Paulo – Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

A prefeita de Ubatuba, Flávia Pascoal (PL), afirmou em entrevista ter solicitado a retirada das famílias em áreas de risco no ano passado.

Mas teve seu pedido barrado pela justiça por conta da pandemia. 

Assim, a retirada das pessoas de suas moradias teve sua ação impedida pela situação de crise, criada pela pandemia.

Por isso, a prefeita ressalta a parceria necessária entre governo Federal e Estadual no combate a esse problema estrutural.

Esse que já é um problema antigo e social, já que muitas pessoas residem em áreas de risco por dificuldades financeiras e problemas habitacionais, que distanciam cada vez mais as pessoas menos favorecidas do centro.

Flávia ainda ressalta que já solicitou apoio de Tarcísio Freitas e Alckmin para essas pessoas que ocupam locais irregulares.

Além disso, vem prestando todo o apoio necessário à família da vítima em Ubatuba.