O Exército retirou o sigilo e divulgou a defesa do processo administrativo contra o general, ex-ministro da Saúde e atual deputado federal Eduardo Pazuello, nesta sexta-feira (24).
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A divulgação acontece uma semana depois da determinação da Controladoria-Geral da União (CGU).
Pazuello foi alvo de investigação disciplinar por participar de ato político ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro em 2021.
O Exército forneceu o processo a veículos de comunicação que haviam pedido o acesso aos autos via Lei de Acesso à Informação (LAI).
O então general da ativa teve a conduta apurada após participar de um ato ao lado do então presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), em 23 de maio de 2021, no Rio de Janeiro.
O código militar não permite que militares da ativa – como era a condição de Pazuello – participem de eventos de cunho político.
Bolsonaro participava de uma série de “motociatas” antes da campanha eleitoral oficial. Os atos, porém, eram vistos como uma pré-campanha por alas de políticos.
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Sigilo de 100 anos
A liberação do processo foi possível porque a CGU reverteu o sigilo de 100 anos sobre os autos, imposto pelo governo anterior.
Desde 2021, o Exército se negava a fornecer o documento a quem pedia acesso com base na LAI.
Em maio de 2021, num momento em que o país ainda enfrentava um dos piores momentos da pandemia de covid-19, Pazuello participou de uma motociata no Rio de Janeiro e discursou num trio elétrico acompanhado de Bolsonaro.
Embora o código de conduta militar impeça a participação de militares da ativa em atos de caráter político-partidário sem autorização do Comando, o ex-ministro da Saúde foi absolvido de infração disciplinar.