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Haddad quer taxar apostas online para repor perdas no IR: ‘vou regulamentar’

Ministro da Fernando Haddad, fala sobre regulamentação das apostas esportivas -Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Fernando Haddad, disse que o projeto de regulamentação das apostas esportivas, provavelmente, não vai compensar a desoneração da indústria - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pretende taxar as apostas online para compensar as perdas de receita com a nova tabela do Imposto de Renda (IR).

A alternativa foi divulgada em entrevista ao UOL nesta quarta-feira (1º) e a regulamentação pode sair ainda em março.

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Ao falar sobre o assunto, o gestor contou que a maioria dos países tributa essa prática e que pretende regulamentar.

“Reajustamos a tabela do IR, e isso tem uma perda pequena. Vamos compensar com a tributação sobre esses jogos eletrônicos que não pagam imposto, mas levam uma fortuna do país”, afirmou Hadda.

Apostas online na mira

Embora o ministro tenha se referido a jogos eletrônicos, a assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda reforçou que o ministro se referia a apostas esportivas online.

A prática citada por Haddad, apostas online, é principalmente sobre resultados de futebol, também chamadas de sports betting.

A medida não incluiria jogos de videogame ou esportes eletrônicos, chamados de e-sports.

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Arrecadação de bilhões

O ministro não detalhou quanto o governo arrecadará com a medida sobre as apostas online durante a entrevista ao portal de notícias.

Segundo Haddad, a equipe econômica estuda qual seria o impacto fiscal.

“O ganho seria da ordem de bilhões de reais. Não muitos, mas alguns”, destacou.

Tabela IR

O Ministério da Fazenda está finalizando, atualmente, a proposta para a correção da tabela do Imposto de Renda.

Há duas semanas, o presidente Lula afirmou que o governo pretende elevar o limite de isenção de R$ 1.903,98 para R$ 2.640.

O limite, equivalente a dois salários mínimos, deverá valer a partir de maio deste ano, conforme o anúncio do petista.

Caso entre em prática daqui a dois meses, a medida fará o governo deixar de arrecadar R$ 3,2 bilhões neste ano, segundo a Receita Federal.

Para 2024, o impacto seria equivalente a R$ 6 bilhões.

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