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Conflito entre MST e Suzano contará com atuação do ministro Paulo Teixeira

Conflito entre MST e Suzano começou com invasão do movimento na segunda (27) - Foto: Divulgação/Coletivo de Comunicação do MST na Bahia

Conflito entre MST e Suzano começou com invasão do movimento na segunda (27) - Foto: Divulgação/Coletivo de Comunicação do MST na Bahia

A negociação do conflito do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) com a empresa de papel e celulose Suzano contará com atuação do Governo Federal.

O conflito terá atuação do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, conforme afirmação do próprio gestor, na manhã desta quinta-feira (2)  

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Cerca de 1700 integrantes do MST invadiram três latifúndios de monocultura de eucalipto, pertencentes à empresa Suzano, na última segunda-feira (27). 

Os terrenos estão localizados nos municípios de Teixeira de Freitas, Mucuri e Caravelas, no sul da Bahia, no nordeste.

Conflito entre MST e Suzano

Segundo o ministro Paulo Teixeira, a diretoria da Suzano entrou em contato com ele nesta última quarta (1°).

O ministro afirmou que fez uma reunião com representantes da companhia e do movimento social para conseguir uma negociação por meio de diálogo. 

“Ao haver o pedido da Suzano para uma mediação, eu respondi imediatamente. Teria algum ruído se eu tivesse dado as costas. Eles pediram a reunião ontem, marquei hoje, já os recebi, já estabelecemos um grupo de trabalho para resolução desse conflito”, afirmou o ministro. 

Ocupação é realizada por cerca de 1.700 integrantes do MST – Foto: Divulgação/Coletivo de Comunicação do MST na Bahia

O gestor destacou ainda que o “governo agiu e vai agir em todos os conflitos fundiários no Brasil”.

“Vou conversar com o MST para que conflitos dessa natureza sejam prevenidos e resolvidos por meio do diálogo”, completou. 

Além disso, segundo o ministro, o conflito no sul da Bahia ocorreu para a retomada de uma negociação de 10 anos atrás. 

O ministro descartou que a motivação foi por conta da definição dos cargos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Segundo Teixeira, os nomes já foram encaminhados e a direção do órgão já está definida. 

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Outras invasões

Além dos três latifúndios de eucalipto da empresa Suzano, parte das 1700 famílias do MST invadiram, na segunda (27), outra região, a Fazenda Limoeiro, localizada em Jacobina. 

O movimento, começou no sábado de carnaval, em 18 de fevereiro, quando 200 famílias ocuparam o espaço do Projeto Nilo Coelho, em Casa Nova, no norte da Bahia. 

Já na última quarta (1°), 120 mulheres ocuparam a Fazenda Santa Maria, em Itaberaba, na Bahia. 

Ocupação das mulheres em terrenos da Bahia começou nesta quarta (1º) – Foto: Divulgação/Coletivo de Comunicação do MST na Bahia

Ao todo, são seis movimentos do MST para ocupação e invasão de latifúndios no estado da Bahia.

Os integrantes do movimento reivindicam a desapropriação das fazendas para reforma agrária e também afirmam que querem denunciar a concentração de terras por fazendeiros e empresas do agronegócio no estado. 

Atuação do Incra

O MST destacou, em nota, que quer que o Incra seja recuperado e que os seguintes pontos sejam executados pelo órgão: 

– Retomada dos processos de desapropriação das áreas negociada e acordadas desde 2007 para fins de reforma agrária nos perímetro irrigados e nas áreas das empresas da celulose;

– Retomada das políticas nacionais de infraestrutura nos assentamentos, possibilitando o acesso à água potável e de irrigação, estradas, energia elétrica e habitação;

– Início da construção de escolas no campo e fortaleça o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera).

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