Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, disse que o Preço de Paridade Internacional (PPI) não sera o único parâmetro a ser adotado na precificação a ser repassada às refinarias, e consequentemente ao consumidor.
O gestor concedeu a primeira coletiva à frente do cargo na tarde desta quinta-feira (2), em Brasília.
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O ex-senador também apontou que o preço estipulado vai seguir a política de preços comerciais, assim como acontece com outras commodities.
“Petrobras vai praticar preços competitivos de mercado nacional conforme ela achar que tem que ser”, afirmou Prates.
As falas foram feitas em referência aos questionamentos sobre possível nova política de preços da estatal em relação ao mercado exterior e sobre lucros dos acionistas.
Ele declarou que não entende as polêmicas a respeito dos preços estabelecidos pela Petrobras, já que a empresa visa adotar precificação comercial, como em outra commodity.
“Não sei porque existe esse processo todo com a Petrobras. Desde que se instituiu o PPI, passou a ser um dogma, é um preço comercial como outro qualquer”, destacou.
Prates ainda enfatizou que vai buscar uma política comercial com o melhor resultado para acionistas e o melhor atendimento do mercado.
“Se alguém estiver ameaçando nosso preço com um melhor, vamos ajustar para ser o melhor de novo, se a gente não conseguir, paciência”, ponderou.
Críticas ao preço de paridade internacional
Atualmente, a Petrobras toma como política monetária a oscilação o valor praticado no mercado internacional.
O método é realizado via PPI, criado no governo do presidente Michel Temer (MDB), em 2016.
“O governo atual não gosta de PPI e não projeta que o PPI seja adequado como referência de preço nacional. Isso também não quer dizer que vai haver desabastecimento do PPI. O Preço de Paridade Internacional vai estar em vigor no Brasil para o importador e quem quiser importar”, declarou.
Mais cedo, o Portal Norte mostrou as críticas feitas pelo presidente Lula à Petrobras durante evento de retomada do Bolsa Família.
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Conselho da Petrobras
Questionado sobre mudança dos nomes indicados ao Conselho, Prates também disse que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem total liberdade para decidir indicados oficiais.
“O ministro tem legitimidade de participar dessa discussão, então, ao longo desse tempo houve várias discussões, mas até então era tudo especulativo, agora é oficial”, disse o presidente da estatal.
Prates afirmou que a participação dele na escolha do conselho é “sugestiva, que não se sente afetado por nenhuma das escolhas e que irá respeitar como todos.
“É até complicado pra mim fazer qualquer comentário mais profundo já que também sou um dos indicados”, completou Prates.
Assista ao vídeo da coletiva do presidente da Petrobras: