Apesar do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter um número recorde de participação feminina, o número ainda é abaixo dos 50%.
Ao todo, dos 642 cargos do alto escalão dos Três Poderes, somente 116 são ocupados por mulheres, ou seja, 116.
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Mesmo com representatividade política ainda abaixo do esperado, no Dia Internacional da Mulher, nesta quarta-feira (8), a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, e o presidente Lula vão lançar medidas e políticas públicas voltadas para este público às 11h no Palácio do Planalto.
Em suas redes sociais, o petista falou sobre a data, onde serão apresentadas mais de 20 ações, pensadas por 19 ministérios, Banco do Brasil, Caixa e BNDES voltadas para as mulheres e promoção de direitos.
As decisões vão atuar em temas como a questão da violência doméstica, a proteção da saúde menstrual para mulheres em situação de vulnerabilidade social e também a questão da equidade salarial entre homens e mulheres.
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, destacou as propostas e disse, em suas redes sociais, que o respeito às mulheres “é valor inegociável”.
Vale lembrar que no segundo turno das eleições, o presidente Lula subiu no número de votos elencado principalmente por mulheres, pobres, nordestinos e pessoas com escolaridade até o ensino fundamental. Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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Esplanada dos Ministérios
Nos ministérios, a presença de mulheres foi recorde, mas não representa nem metade dos ministros.
Dos 37 ministérios, 11 são ocupados por mulheres, o que significa cerca de 29,7%, contra os 70% restantes ocupados por homens.
É possível perceber o foco do discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na pauta de gênero e nas mulheres.
Conheça as mulheres que ocupam os ministérios:
- Ana Moser ;
- Anielle Franco;
- Cida Gonçalves;
- Daniela Carneiro;
- Esther Dweck;
- Luciana Santos;
- Margareth Menezes;
- Marina Silva;
- Nísia Trindade;
- Simone Tebet;
- Sonia Guajajara;
Câmara dos Deputados
Na Câmara dos Deputados, são 91 mulheres para um total de 513 cadeiras na Casa, ou seja, 17,7% do total.
Houve um aumento de cerca de 16%, se comparada com a bancada feminina eleita em 2018, que foram 77 mulheres.
As candidatas mulheres mais votadas foram:
- Bia Kicis (PL-DF);
- Daniela do Waguinho (União-RJ);
- Caroline de Toni (PL-SC);
- Natália Bonavides (PT-RN);
- Yandra de André (União-SE);
- Silvye Alves (União-GO);
- Dra Alessandra Haber (MDB-PA);
- Socorro Neri (PP-AC);
- E Detinha (PL-MA).
Além disso, pela primeira vez na história, a bancada feminina da Câmara conta com duas mulheres trans, as deputadas Erika Hilton (Psol-SP) e Duda Salabert (PDT-MG).
Senado
A baixa representatividade de mulheres é percebida também no Senado Federal. São 15 senadores de um total de 81 cadeiras na Casa.
O Brasil está em 146° lugar na participação de mulheres na política entre os 193 países analisados pela União Interparlamentar (UIP).
A média, segundo a organização, de participação no Parlamento em outros países é de 26,4%.
STF
No Supremo Tribunal Federal, dos 11 ministros, apenas 2 são mulheres são elas: a ministra Rosa Weber, atual presidente do STF e Carmen Lúcia que está no Supremo desde 2006.
O valor representa apenas 18,1% da representatividade feminina no STF.