O Brasil registrou a criação de 83.297 empregos em janeiro deste ano, sendo que no mesmo período, em 2022, o número foi de 167.269.
Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quinta-feira (9).
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Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, três fatores explicam uma geração menor de empregos em janeiro de 2023.
Conforme Marinho, os juros altos praticados pelo Banco Central (BC) penalizam a economia e a geração de empregos.
Além disso, o gestor destacou que o nível de endividamento das famílias e o comprometimento de renda em alta, somado ao aumento de despesas fixas em janeiro, levam as empresas a reduzir as contratações diante da expectativa de queda do consumo.
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Marinho também destacou que a crise das Lojas Americanas afeta as expectativas dos empresários, que deixam de contratar.
“Janeiro é tradicionalmente um mês forte. Em janeiro de 2023, temos uma política monetária ainda restritiva”, disse o ministro.
Ainda conforme Marinho, o BC tem a tarefa “importante” de monitorar o processo econômico para a retomada da economia.
“Os juros altos sacrificam demasiadamente a população de baixa renda do país”, complementou o ministro.
Empregos e dados
Conforme os dados do Caged, o resultado é 0,2% melhor do que o registrado no mês anterior.
No entanto, como mencionado acima, houve queda em relação ao mesmo mês no ano passado, quando foram abertas 167.269 vagas no país.
Outro dado importante é sobre o valor do salário médio de admissão que, segundo o Caged, cresceu 4,62%.
Em janeiro deste ano, os novos contratados receberam, em média, R$ 2.012,78.