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Senado votará na terça-feira convite para ouvir Campos Neto sobre juros

Plenário do Senado federal-Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Plenário do Senado federal-Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado votará na terça-feira (14) um requerimento para que o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, seja convidado a comparecer ao Congresso.

A convocação é para ele explicar por que a taxa básica de juros, a Selic, está em 13,75% ao ano.

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O senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), que preside o colegiado, espera que o convite seja aprovado.

A ida de Campos Neto ao Senado foi acertada em 15 de fevereiro, durante um jantar entre Vanderlan e o chefe da autoridade monetária.

A expectativa era de que o presidente do BC fosse ouvido no Congresso no começo de março, antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que ocorre nos dias 21 e 22.

No entanto, houve um atraso na instalação das comissões no Senado, que só passaram a funcionar nesta semana.

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O encontro entre Campos Neto e o senador ocorreu após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva intensificar as críticas à condução da política monetária, com o argumento de que o atual nível da Selic restringe o crescimento econômico.

O BC, por outro lado, argumenta que a manutenção dos juros é necessária para controlar a inflação diante das incertezas sobre o cenário das contas públicas no País.

Em 16 de fevereiro, um dia após o jantar com Campos Neto, o senador disse ao Estadão que a autonomia do BC é “ponto sacramentado” e que o encontro havia sido uma forma de demonstrar apoio do Senado ao chefe da autoridade monetária.

Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também se pronunciaram em defesa da autonomia do Banco Central, aprovada pelo Congresso em 2021.

Naquela semana, o PT havia lançado na Câmara uma frente parlamentar “contra juros abusivos”.

O ato político, coordenado pelo deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), contou com a presença da presidente do partido, Gleisi Hoffmann, e teve críticas à atuação do BC.

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