Nesta terça-feira (21), a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado na Câmara dos Deputados deve analisar cerca de 15 pedidos de convocação do ministro da Justiça, Flávio Dino, para prestação de esclarecimentos.
Os pedidos foram apresentados por deputados de oposição à gestão do PT e tendem a ser aprovados pelo presidente do colegiado.
O deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS), é presidente da comissão e uma das principais vozes de oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Câmara.
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As justificativas para convocar Dino a “prestar contas”, por assim dizer, com os deputados são variadas:
- O decreto de Lula que restringe regras de acesso a armas de fogo e revoga atos instituídos por seu antecessor, Jair Bolsonaro, além das mudanças na política da área;
- O encontro de Dino com lideranças de favelas em visita ao complexo da Maré, no Rio de Janeiro;
- Eventuais omissões e falhas na segurança pública em Brasília, em 8 de janeiro deste ano, por parte do governo federal;
- Detalhar projetos do atual governo para a segurança pública;
- Ações do ministério para conter invasões de terras.
Na mira da Comissão
Dino não é o único ministro de Lula alvo dos deputados bolsonaristas. Também há pedidos de convocação de:
- Fernando Haddad (Fazenda);
- Silvio Almeida (Direitos Humanos);
- Nísia Trindade (Saúde);
- Camilo Santana (Educação);
- Daniela Carneiro (Turismo);
- E Marco Edson Gonçalves Dias (GSI).
Além de Dino, outros requerimentos devem ser analisados nesta terça pela Comissão de Segurança Pública para convocar outras autoridades do governo Lula a prestar esclarecimento.
Daniela deve falar por causa das supostas relações com integrantes de milícias no Rio de Janeiro e com “empresas suspeitas de crimes na contratação de automóveis para seu gabinete e campanha e participação de milicianos nas mesmas”.
Já Silvio deve ser convocado para falar sobre declarações que deu sobre a legalização das drogas e sobre o respeito aos direitos de pessoas presas na Polícia Federal em seguida aos atos criminosos de 8 de janeiro, como mulheres e idosos.
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A Comissão de Segurança Pública deve ainda analisar:
- Pedido de convocação do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Marco Edson Gonçalves Dias, para que ele fale sobre os atos de 8 de janeiro, e eventuais informações privilegiadas sobre o ocorrido.
- Convite ao diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Saulo Moura da Cunha, para falar sobre o mesmo tema.
- Aprovação da realização de uma visita técnica ao Rio Grande do Norte para que os deputados vejam, in loco, a situação da segurança pública do Estado.