O governo federal vai aumentar a taxa de juros do consignado do INSS. O novo percentual ainda não está definido, mas deve ficar entre 1,9% e 2%.

A decisão foi tomada na noite desta segunda-feira (20).

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Os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Carlos Lupi (Previdência) se reuniram na tarde da última segunda com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com a presidente da Caixa Econômica, Rita Serrano, e com a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, para discutir o crédito consignado de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). 

A Casa Civil informou, em nota, depois do encontro, que espera definir a taxa de juros do consignado até sexta-feira (24), em uma nova reunião. 

“Ficou acordado que uma nova reunião será realizada até sexta-feira (24) com representantes do sistema financeiro, dos bancos e do governo para discutir a taxa de juros do consignado. A expectativa é chegar a um acordo sobre a taxa. Há previsão de que na  próxima semana, o ministro da previdência convoque uma nova reunião do Conselho Nacional da Previdência Social para discutir o tema”, destacou a nota. 

O encontro deverá ocorrer após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na quarta-feira-(22), que decidirá sobre a taxa básica de juros. 

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No entanto, esta decisão do aumento dos juros é um recuo do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Consignado para beneficiários do INSS

Na semana passada, o Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) decidiu pela redução da taxa máxima de juros do empréstimo consignado para beneficiários do INSS. 

A mudança no limite máximo de juros foi feita a pedido do ministro Carlos Lupi (Previdência).

O teto de juros para os empréstimos passou de 2,14% para 1,70%.

A taxa do cartão de crédito consignado também foi reduzida de 3,06% para 2,62%.

A medida do CNPS levou ao menos 10 bancos a suspender as operações de linhas de crédito consignado para os beneficiários do INSS.

Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) disse que “os novos tetos têm elevado risco de reduzir a oferta do crédito consignado”.