Dilma Rousseff foi eleita para comando do banco Brics, de forma unânime, em decisão da Assembleia de Governadores do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), nesta sexta-feira (24).
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A instituição é coordenada pelos cinco países que formam o bloco: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
A cada 5 anos é alterada a liderança do banco, que se reveza entre os países-membros. Sendo assim, o mandato brasileiro terá fim em julho de 2025.
Dilma assume o lugar de Marcos Troyjo, que em processo consensual entre os sócios do banco, deixa o cargo nesta sexta-feira (24).
Marcos, indicado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), havia assumido a presidência em 2020 e ficaria até julho de 2025.
O nome da ex-presidenta foi indicado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após a vitória do petista nas eleições de 2022.
O Brics
O NDB, mais conhecido como banco do Brics, tem sede em Xangai, na China, e foi criado em 2015, tendo como vice-presidente o economista Paulo Nogueira Batista Jr.
O banco é uma fonte para empréstimos, financiamentos e assistências técnicas para projetos de países integrantes do bloco econômico e demais países em desenvolvimento.
Dilma na gestão
Nos últimos dias, Dilma se reuniu com ministros das Finanças dos países do Brics, entre eles o também petista ministro da Fazenda, Fernando Haddad, os líderes compõem Conselho de Governadores do NDB.
O conselho é a maior instância decisória do banco e os membros são responsáveis por decidir a liderança da instituição.
A petista assume o comando do banco, com salário superior a R$ 290 mil, e deve se mudar para a China para chefiar a equipe operacional.
A ex-presidente do Brasil deve conduzir, sob a orientação dos diretores, os negócios do banco.
A cerimônia de posse oficial de Dilma deve acontecer na próxima semana e espera-se que o presidente Lula esteja presente.
Como o petista foi diagnosticado com uma pneumonia leve nesta sexta (24), a viagem para a China foi adiada inicialmente para o próximo domingo (26).
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Dilma Rousseff
Dilma tem 75 anos e é formada em economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS).
A gestora foi presidente do Brasil por dois mandatos, sofrendo impeachment no segundo ano do segundo governo, em 2016.
Antes de chegar ao comando do Palácio do Planalto, foi ministra de Minas e Energia e ministra-chefe da Casa Civil no governo Lula.
Nos governos Lula, ela presidiu o Conselho de Administração da Petrobras.
Dilma foi apelidada pelo presidente de “mãe do PAC”, pela estruturação do Programa de Aceleração do Crescimento.