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Plano para sequestrar Sérgio Moro é financiado pelo tráfico, confirma PF

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, participa da solenidade de abertura da 13ª Jornada Lei Maria da Penha

A Polícia Federal confirmou neste sábado (25) que o plano para sequestrar o senador Sérgio Moro foi financiado por recursos oriundos do tráfico de drogas.

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A confirmação da corporação veio após escuta de áudios do número 2 da facção criminosa PCC que indicam o financiamento das ações da quadrilha.

Durante a Operação Sequaz na quarta (22), com a prisão de nove investigados, a corporação levantou diversos bilhetes e anotações que mostram a contabilidade do crime.

Ainda conforme a apuração da PF, somente um dos informes chega a listar gastos de R$ 500 mil no plano para sequestrar Sérgio Moro.

Mais envolvidos

Ao requerem as diligências, os investigadores argumentaram à Justiça Federal que o patrimônio identificado em nome de terceiros é ‘parte vital’ das ações policiais para a ‘completa desarticulação dos crimes em apuração’.

A PF destaca que, com a prisão dos líderes do grupo, o patrimônio é novamente absorvido pela organização criminosa para continuar a prática dos mesmos delitos.

“A prova disso está na anotação sobre os “cofres” onde se citam claramente Nadim e Tobe, ambos mortos pelo PCC e naturalmente as armas sob a responsabilidade deles foram deslocadas para continuar com a mesma missão anterior, qual seja, o ataque a autoridades públicas. No caso concreto, tanto o resgate de Marcos Willian, vulgo Marcola quanto o sequestro (e morte) do senador Sergio Moro”, ressaltou a corporação.

Cofres e Nefo

Ainda segundo a PF, os ‘cofres’, os locais onde são armazenadas armas da facção – pertencentes a ‘Nadim’ e ‘Tobe’, mortos pelo próprio PCC, hoje estão sob guarda de Janeferson Aparecido Mariano, o ‘Nefo’.

Nefo é o principal articulador do plano de atentado contra Moro.

O líder da quadrilha alvo da Sequaz é apontado como um dos líderes da Restrita, núcleo do PCC encarregado de eliminar ex-integrantes da facção e atacar autoridades e agentes públicos.

Sequestro de Sérgio Moro

A Operação Sequaz mirou nos investigados diretamente envolvidos com o planejamento do sequestro de Moro, os quais foram responsáveis por vigiar os passos do senador e alugar imóveis que serviram de base para o grupo.

A ação da PF também apurou integrantes do ‘alto escalão’ do PCC, apontados como mentores do atentado, atuando como líderes da ‘Restrita’.

Ao argumentar que o dinheiro do PCC abasteceu o plano de sequestro de Moro, a PF também cita áudios encontrados em conta na ‘nuvem’ de Claudinei Gomes Carias, o ‘Nei’, braço-direito de ‘Nefo’.

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Segundo a corporação, o áudio ‘deixa claro que se a prestação de conta não for enviada no tempo certo, a financeira da Bolívia que vai cobrar eles’.

Para a PF, a mostra que o dinheiro que é recebido pelos investigados vem do tráfico de drogas.

Analisando os mesmos áudios, os investigadores viram indícios de que parte dos integrantes da quadrilha desviou valores para proveito próprio.

Em uma das conversas, ‘Nei’ encaminha prestação de contas com números que ‘causam estranheza’ a seu interlocutor, ainda não identificado pelos investigadores.

A PF usou o caso para argumentar como seria ‘relevantíssima a indisponibilização dos bens’.

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