Pará, Bahia e Maranhão são os estados do Brasil com o maior número de obras paralisadas e inacabadas, segundo o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Os dados foram apresentados pela presidente do FDNE, Fernanda Pacobahyba, nesta segunda-feira (27), durante a 24ª edição da Marcha dos Prefeitos em Defesa dos Municípios, em Brasília.
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O pronunciamento foi feito durante o painel “Obras paradas municipais e a operação do CIPI (Cadastro Integrado de Projetos de Investimentos)”.
“MEC tem 4000 mil obras inacabadas ou paralisadas. Ao todo, são 14 mil obras inacabadas e 4000 apenas na Educação”, ressaltou Fernanda.
De acordo com gestora do FDNE, os principais motivos para a paralisação dos trabalhos são: questões técnicas e dificuldades orçamentárias.
A presidente do Fundo ainda ressaltou que R$ 253 milhões para obras foram liberados em fevereiro e que nesta semana serão liberados R$ 350 milhões para “colocar tudo em dia”.
“Está faltando basicamente o RP-9”, que são as emendas de relator e, segundo Pacobahyba, o valor gira em torno de R$ 120 a 130 milhões.
Ao todo, são quase R$ 700 milhões em obras pendentes, sem o pagamento efetuado.
“Não admitimos que o governo federal seja um mecanismo que induz quebra de empresa neste país”, destacou a presidente.
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Novo PAR
Como ideias para o novo Plano de Ações Articuladas (PAR), a presidente do FNDE declarou que vai haver a valorização da equidade e da desburocratização.
Além disso, ela sinalizou para contratos bilaterais com o apoio de outros estados que queiram participar e também de acordo com organismos internacionais.
“Tomam as medidas aqui de Brasília achando que o Brasil é Brasília, mas é bem diferente”, salientou a presidente, que ressaltou sobre a necessidade da parceria entre os governos federal, estadual e municipal.
“Nossa ideia é construir um plano que funcione para União, municípios e estados e que tenha exequibilidade”, destacou a diretora de Gestão, Articulação e Projetos Educacionais (Digap), Flávia de Holanda Schmidt.
Para Flávia, o importante agora é resolver os problemas do passado e organizar para o futuro.
Detalhes sobre obras da educação
- 2703 obras em andamento
- 971 Educação Infantil
- 57 obras de ampliação e reforma
- 915 obras paralisadas
- 2500 obras inacabadas
Segundo Schmidt, as obras inacabadas e paralisadas “são uma tragédia nacional, não é uma questão regional”.
A diretora do Digap afirmou ainda que é preciso planejar projetos que deem conta de diversas realidades.
O FNDE conta com um stand no evento para a consulta de prefeitos e outras autoridades sobre obras nos municípios.