Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, se reuniu em 6 de janeiro com Gustavo Henrique Dutra de Menezes, general do Exército que chefiava o Comando Militar do Planalto (CMP) durante o atentado contra a democracia em 8 de janeiro.
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As duas figuras-chave, citadas em investigações que apuram ações e omissões relacionadas à tentativa de golpe, se encontraram 48 horas antes dos ataques em Brasília.
O registro da reunião mostra o encontro às 10h do dia 6 de janeiro, uma sexta-feira, na sala de reuniões da Secretaria de Segurança Pública.
Na noite daquele mesmo dia, Torres viajou para os Estados Unidos, e, dois dias depois, no domingo, apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) tentaram decretar um golpe de Estado com o uso da violência, invadindo e destruindo prédios públicos.
A maioria dos criminosos estava acampada em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília.
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Atos golpistas do dia 8 de janeiro
A organização dos atos criminosos começou antes do dia 8 de janeiro.
Diversos ônibus chegaram ao acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, no sábado (7) e domingo (8).
No domingo, às 14h, os criminosos percorreram 8 km até a Praça dos Três Poderes, escoltados pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).
Os vândalos invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF).
Eles também destruíram obras de arte, móveis, quebraram espelhos, vidros e janelas, depredaram computadores e roubaram armas.
Além disso, segundo o Sindicato dos Jornalistas do DF, cerca de 16 jornalistas foram agredidos ou tiveram materiais roubados pelos criminosos.