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Câmara aprova MP que flexibiliza desmatamento na Mata Atlântica

Câmara aprova medida que facilita desmatamento da Mata Atlântica- Foto: Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Câmara aprova medida que facilita desmatamento da Mata Atlântica- Foto: Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Nesta quinta-feira (30), a Câmara dos Deputados aprovou a Medida Provisória 1150/22, que contém emendas que facilitam o desmatamento na Mata Atlântica.

Após votação, a medida segue para análise no Senado. 

O deputado Sergio Souza (MDB-PR), ex-presidente da FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária) e relator da MP, aprovou o texto com a incorporação de mais três emendas apresentadas por Rodrigo de Castro (União Brasil-MG), Léo Prates (PDT-BA) e João Carlos Bacelar (PL-BA), que alteram a Lei da Mata Atlântica. 

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A emenda do deputado Rodrigo de Castro (União-MG), muda a Lei da Mata Atlântica para permitir o desmatamento quando da implantação de linhas de transmissão de energia elétrica, de gasoduto ou de sistemas de abastecimento público de água sem necessidade de estudo prévio de impacto ambiental (EIA) ou compensação de qualquer natureza. 

Será dispensada ainda a captura, coleta e transporte de animais silvestres, garantida apenas sua afugentação. Outros pontos desta emenda preveem:

Foi aprovada também emenda do deputado Leo Prates (PDT-BA) que dispensa zona de amortecimento e corredores ecológicos em unidades de conservação quando situadas em áreas urbanas definidas por lei municipal.

No caso de rios urbanos, foi aprovada uma emenda do deputado João Carlos Bacelar (PL-BA) que dispensa consulta a conselhos estaduais, municipais ou distrital de meio ambiente para definir o uso do solo em faixas marginais ao longo de qualquer corpo hídrico.

Hoje a lei permite a adoção de faixas de proteção mais estreitas que as estipuladas pelo Código Florestal.

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Esforço na Câmara

A Câmara está fazendo um esforço para aprovar medidas provisórias editadas ainda no governo de Jair Bolsonaro (PL), como é o caso dessa MP.

Antes de ser editada ainda no governo Bolsonaro, a MP determinava prazo de 180 dias para imóveis rurais aderirem ao PRA (Programa de Regularização Ambiental), que estabelece o compromisso dos proprietários de terras rurais para compensar a vegetação nativa e evitar multas.

Mas a adesão foi ampliada em 1 ano, perante aprovação de uma emenda na MP pelos deputados.

Além dessa MP, também foi aprovada em votação simbólica o PLV 7, derivado da MP 1.151 de 2022, que autoriza a comercialização de créditos de carbono em concessões florestais. O texto segue para o Senado.

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