O deputado José Guimarães (PT-CE), afirmou nesta segunda-feira (11), que mesmo com a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a China, o projeto de lei complementar do novo arcabouço fiscal deve chegar na Câmara dos Deputados, até a próxima sexta-feira (14).

O atual presidente embarcou para a China nesta terça-feira (11), juntamente com sua comitiva, entre eles o ministro da Fazenda ,Fernando Haddad, e deve retornar no próximo domingo (16).

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Enquanto isso, Simone Tebet, ministra do Planejamento, e equipe econômica ficam com a tarefa de apresentar o novo arcabouço fiscal.

“Eles estão concluindo as vírgulas finais, os ajustes pequenos e [o projeto] está sendo colocado no papel. Eu acho que vem nesta semana”, disse o deputado em entrevista coletiva.

Além disso, Guimarães comentou que tem a  expectativa de finalizar a votação da proposta na Câmara em um mês.

“Define-se o relator, é um projeto de lei complementar com urgência constitucional. Então, é tocar a vida e votar o quanto antes. Eu acho que dá para votar em um mês na Câmara”, disse.

Segundo o líder do governo, no entanto, o relator do projeto ainda não está definido.

“Pode ser do PT, do PP ou de qualquer outra agremiação. O compromisso é relatar um texto que está politicamente acordado com o presidente da Câmara [Arthur Lira]”, afirmou.

O deputado ainda ressaltou que a votação da nova meta fiscal e da reforma tributária são as prioridades do governo para o primeiro semestre, e que essas pautas serão o “grande teste” para a base governista.

Base do governo

De acordo com Guimarães, o governo ainda está consolidando uma base de apoio na Câmara e negou que a criação de novos blocos parlamentares possa interferir no processo de aprovação do novo marco fiscal.

“A prioridade para mim é consolidar a votação das novas metas fiscais. E a formação de blocos não necessariamente interfere nessa questão, porque as metas fiscais interessam ao País e tem gente da oposição que vai voltar a favor”, afirmou.

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Impasse no Senado e Câmara

Sobre os primeiros 100 dias do governo Lula, Guimarães ressaltou a aprovação da PEC da Transição, ainda no ano passado, e negou que não tenha conseguido votar nada.

Além disso, o líder de governo atribui atrasos, se ocorrerem, ao imbróglio entre os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, que ainda não acertaram acerca da tramitação das MPs em comissões mistas.

Nesta terça-feira (11), cerca de 4 MPs do governo Lula devem ser votadas, mesmo em meio a esse impasse.