O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, afirmou que o programa que prevê passagens aéreas a R$ 200 para trechos específicos deve começar em agosto.
França afirmou que o pacote será anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e reforçou que a medida não se trata de um subsídio.
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O objetivo do programa é vender passagens na baixa temporada a estudantes, funcionários públicos e aposentados.
Também segundo o ministro, o programa não usará recursos públicos. O papel do governo será o de “organizar e divulgar” a iniciativa, disse França.
“É mais um arranjo de oportunidades das empresas privadas do que um programa público. E é sem subsídio. Em agosto vamos iniciar com as 3 [companhias]. Já acertamos com elas, agora faltam as concessionárias de aeroportos”, disse o ministro em entrevista ao jornal O Globo publicada nesta terça-feira (11).
Como vai funcionar
A proposta será estruturada pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Os beneficiados poderão comprar até duas passagens por ano a R$ 200 cada.
Terão direto a um acompanhante e poderão parcelar o valor em 12 vezes. O financiamento será feito pela Caixa Econômica Federal ou pelo Banco do Brasil.
A previsão é que tenha 5 milhões de novos passageiros.
“Temos 90 milhões de passagens por ano, uma das maiores [emissões] do mundo, mas só 10% dos CPFs voam. Vamos ajudar a resolver o problema no 2º semestre, com o programa de R$ 200 o trecho, ocupando a ociosidade [das aeronaves]“, afirmou.
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Companhias que vão aderir
A medida foi antecipada pelo ministro em 13 de março. França falou que a Gol e a Azul aderiram à iniciativa.
Depois, a Latam declarou estar “à disposição” para analisar a participação.
De acordo com o ministro, a proposta veio das próprias companhias aéreas.
Segundo França, o programa deve ajudar a ocupar a ociosidade dos voos no 2º semestre.
O ministro sugeriu que, em uma “2ª etapa”, as administradoras dos terminais aéreos reduzam as taxas de embarque, que compõem o preço das passagens.