O presidente Lula (PT) exonerou, nesta quara-feira (12), o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, apesar de o militar já ter mudado de cargo desde o dia 23 de março.
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Menezes era o responsável pela segurança do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro. A exoneração do general está publicada no Diário Oficial da União (DOU).
Nesta quarta, militares envolvidos nos atos de invasão aos prédios dos três Poderes dão depoimentos à PF (Polícia Federal).
Mudança do general
A decisão de mudar Dutra de posto foi tomada visando reduzir os atritos entre Lula e os comandantes militares. Eles ficaram sob desconfiança após os atos de 8 de janeiro.
Enquanto a Polícia Militar do Distrito Federal, já sob intervenção do governo federal, se colocava à disposição para desmantelar o acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, Dutra teria apresentado resistência em entrar e prender os bolsonaristas.
Além da atuação do general, a participação do então comandante do Exército, Julio César de Arruda, também irritou o presidente Lula e aumentou a quebra de confiança do governo com os militares.
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Depoimentos
A Polícia Federal ouve nesta quarta (12) o depoimento de cerca de 80 militares sobre os atos golpistas do dia 8 de janeiro, quando bolsonaristas radicais invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Devem ser ouvidos militares das Forças Armadas e Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Entre os que devem depor estão:
- General Gustavo Henrique Dutra de Menezes, que chefiava o Comando Militar do Planalto no dia dos ataques e
- Coronel Jorge Fernandes da Hora, que comandava o Batalhão da Guarda Presidencial.
Em fevereiro, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu que cabe à Corte julgar militares eventualmente envolvidos nos atos.