No início do ano, curadoria das residências oficiais identificou que 261 móveis haviam desaparecido.

A Presidência da República anunciou que, dos 261 móveis do Palácio da Alvorada dados como desaparecidos no início do ano, 83 ainda não foram localizados.

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O anúncio foi feito nesta terça-feira (11) após três meses de buscas. 

Na primeira semana de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a primeira-dama Janja abriu as portas do palácio e mostrou infiltrações, janelas quebradas e casos de má-conservação do patrimônio presidencial.

Entre os problemas identificados pela nova gestão, estava também o desaparecimento de algumas peças do mobiliário.

Por conta dos danos identificados no palácio, a mudança de Lula e Janja para o Palácio da Alvorada aconteceu apenas no início de fevereiro. 

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Novos móveis

O estado da residência presidencial foi a justificativa apresentada pela Secretária de Comunicação para uma série de compras feitas pelo novo governo para o local.

“A ausência de móveis e o péssimo estado de manutenção encontrado na mobília do Alvorada exigiram a aquisição de alguns itens. Os móveis adquiridos agora integram o patrimônio da União e serão utilizados pelos futuros chefes de Estado que lá residirem. Se o Palácio não tivesse sido encontrado nas condições em que foi, não teria sido necessário efetuar a compra de móveis”, afirmou a Secom por meio de nota ao jornal O Globo.

O governo federal gastou R$ 196.770 com apenas seis peças de móveis para a decoração da suíte presidencial do palácio do Alvorada. Parte das compras — uma cama, dois sofás e duas poltronas — foram feitas em uma loja de decoração em Brasília, com um colchão “king size” sendo adquirido em outra loja.

Os itens mais caros são o sofá, que possui um mecanismo para reclinar cabeça e pés, por R$ 65.140, e a cama, por R$ 42.230, com ambas as peças sendo revestidas em couro italiano 100% natural com tratamento exclusivo para evitar ressecamento, segundo dados obtidos pela Folha de S. Paulo via Lei de Acesso à Informação.