O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu o prazo de cinco dias para a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre o pedido de liberdade feito pela defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
A decisão aconteceu na última quarta-feira (12).
Não há prazo para uma tomada de decisão, que deve acontecer após o ministro receber o parecer da PGR.
Na última segunda-feira (10), os advogados afirmaram ao Supremo que Torres não oferece risco às investigações, portanto, pediram a substituição da prisão por medidas cautelares.
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No pedido de soltura, a defesa também citou a situação da família de Anderson Torres.
“Após a decretação da custódia cautelar do requerente, suas filhas, infelizmente, passaram a receber acompanhamento psicológico, com prejuízo de frequentarem regularmente a escola. Acresça-se a isso o fato de a genitora do requerente estar tratando um câncer. O postulante, de seu turno, ao passo que não vê as filhas desde a sua prisão preventiva, entrou em um estado de tristeza profunda, chora constantemente, mal se alimenta e já perdeu 12 quilos”, afirmam os advogados.
Torres está preso desde 14 de janeiro, em detrimento das investigações sobre os atos antidemocráticos do 8 de janeiro.
Na ocasião, Torres estava em viagem de férias aos Estados Unidos e estava à frente da Secretaria de Segurança do Distrito Federal.
O STF abriu inquérito para apurar a suspeita de omissão de Torres na contenção dos atos.
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Moraes visita golpistas na Papuda
Na última terça-feira (11), a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Rosa Weber, e o ministro Alexandre de Moraes, visitaram os presos no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, denunciados por envolvimento nos atos golpistas do dia 8 de janeiro.
Na ocasião, Moraes e Rosa Weber foram até o local conversar com os presos e os responsáveis pela penitenciária.
Durante a visita, Moraes inclusive experimentou a comida dos detentos, para avaliar as condições da penitenciária e da alimentação oferecida.