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Haddad critica alta taxa de juros e defende reindustrialização no Brasil

Haddad fala sobre reindustrializar o Brasil em parceria com capital chinês - Foto: Reprodução/Twitter @Haddad_Fernando

Haddad fala sobre reindustrializar o Brasil em parceria com capital chinês - Foto: Reprodução/Twitter @Haddad_Fernando

Nesta sexta-feira (14), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad criticou a alta taxa de juros e comentou sobre o desafio de reindustrialização brasileira.

O pronunciamento foi feito em Pequim, na China. 

“Gostaria de dar muita ênfase nesse desafio que o presidente Lula colocou em todas as reuniões com as empresas e governo, de intensificar estudos de viabilidade de reindustrializar o Brasil em parceria com o capital Chines, que é disponível e que vê como oportunidade na América do Sul criar uma plataforma para seus produtos”, destacou o ministro.

“Eu sempre imaginei que o real está muito desvalorizado, não havia razão, sobretudo depois de fixar a taxa de juros em um patamar atual, coisa que já vai pra quase um ano”, disse.

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Haddad destacou o desafio de intensificar estudos de viabilidade de reindustrialização do Brasil, em parceria com o capital chinês, tanto para venda local quanto exportação.

A intenção é realizar comércio bilateral em moeda local.

“Aprofundarem as possibilidades de um intercâmbio em moeda local, ou seja, usar moedas de países em desenvolvimento como unidade de compra para trocas internacionais. Essa iniciativa já foi tentado, prosperou e em período recente retraiu, mas a ideia volta à mesa para que possamos nos aprofundar no tema e possamos promover o intercâmbio comercial com base nessa filosofia.”, afirmou.

Valorização do real

Além disso, o ministro também comentou sobre a desvalorização do real, principalmente frente à taxa de juros alta da Selic – atualmente, em 13,75% ao ano – que permanece a quase um ano. 

Para combater isso, ele ressalta as ações em conjunto entre os três poderes como recuperação da base fiscal para auxiliar na valorização do real.

“Se houver essa harmonia entre os poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário e a harmonização da política fiscal com a monetária. Isso se o Banco Central convergir para uma política sustentável de crescimento, com baixa inflação”, afirmou o ministro.

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Parcerias com a China

Ao ser questionado sobre haver uma proximidade maior com a China frente aos Estados Unidos, Haddad reafirma o esforço de reaproximação e o desejo de investimentos dos EUA no Brasil.

“Não temos intenção de nos afastar de quem quer que seja, principalmente um parceiro da qualidade dos EUA. Não temos preferência no Brasil queremos ampliar as parcerias, como o presidente Lula fez nos últimos mandatos”, disse.

Haddad ainda ressaltou que deve-se vencer a fase de isolamento do país, que ocorreu principalmente durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e que não faz sentido escolher ou priorizar parceiros. Segundo Haddad, a intenção é aprofundar as parcerias e não se aproximar ou se afastar de nenhum país.

Por fim, o ministro da Fazenda reforçou, que no segundo semestre,  o governo vai focar no acordo Mercosul e União Europeia, bem como na ampliação do bloco. 

Ele reconhece a questão ambiental como entrave, mas considera um salto com a eleição do presidente Lula e a posse da Marina Silva como ministra do Meio Ambiente e da Mudança do Clima.

“O desejo do presidente Lula, é que o Mercosul se fortaleça, bem como fortalecer ao máximo a América do Sul para que em bloco possamos negociar em condições melhores acordos melhores com China, Estados Unidos e União Europeia”, disse o ministro.

**Sob supervisão de Ana Kelly Franco

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