O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta sexta-feira (14) em Pequim, em reunião com o presidente da China, Xi Jinping, que busca aprofundar a relação entre os dois países em diversas áreas nos próximos quatro anos – e que “ninguém” poderá proibir essa aproximação.
“Ontem fizemos visita à Huawei, em uma demonstração que queremos dizer ao mundo que não temos preconceito em nossas relações com os chineses. Ninguém vai proibir que o Brasil aprimore sua relação com a China”, disse o presidente na reunião aberta entre os líderes.
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No discurso aberto à imprensa, que antecedeu a reunião fechada, Lula falou em intensificar as relações Brasil-China em áreas como:
- ciência e tecnologia;
- intercâmbio de estudantes universitários;
- relações culturais;
- estratégias de combate às mudanças climáticas;
- energia limpa;
- produção de carros e ônibus elétricos.
O petista cumpre visita oficial ao país acompanhado de sua comitiva de ministros e da primeira-dama, Janja.
Ainda nesta sexta, os presidentes de Brasil e China se reuniram em um encontro bilateral e assinaram atos conjuntos.
“Penso que a compreensão que o meu governo tem da China é de que nós precisamos trabalhar muito para criar uma relação Brasil-China que não seja apenas uma relação meramente de interesse comercial. Se bem que o interesse comercial é muito importante”, afirmou.
A declaração também vem depois de Lula defender, durante cerimônia de celebração de Dilma à frente do NBD (Novo Banco de Desenvolvimento), o comércio entre os países integrantes dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) nas moedas locais, sem vincular ao dólar.
Disse, porém, que a mudança “é difícil, porque tem gente mal acostumada”, mas ressaltou a necessidade da medida. Além disso, pediu a Dilma que tenha a paciência dos chineses.
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