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Servidora diz que era coagida a passar senha para inserção de dados de vacinação

Bolsonaro faz live antes de deixar presidência - Foto: Reprodução/Youtube

Bolsonaro faz live antes de deixar presidência - Foto: Reprodução/Youtube

À Polícia Federal (PF) uma servidora afirmou que foi coagida a fornecer a própria senha para que o banco de dados da vacinação de Duque Caxias (RJ) fosse adulterado.

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Conforme apuração da Globo, a partir do depoimento da mulher, a investigação sobre o suposto esquema de fraude no certificado de vacina de Bolsonaro (PL) terá uma frente nova.

Os trabalhos de investigação devem ser mais aprofundados na cidade de Duque de Caxias.

Os malotes com as apreensões feitas no Rio de Janeiro devem chegar a Brasília ainda nesta quinta-feira (4).

A equipe de investigação da PF deverá analisar todo o material coletado nos endereços dos alvos, inclusive os celulares apreendidos com Bolsonaro, com o militar Mauro Cid e outros envolvidos.

Servidora e inserção de dados falsos

Conforme investigação da PF, servidores da Prefeitura de Caxias inseriram no Sistema Único de Saúde (SUS) os dados falsos de vacinação de Bolsonaro e de sua filha Laura.

Além da família do ex-chefe de Estado, outros dois assessores e o deputado Gutemberg Reis (MDB) também tiveram dados da vacina fraudados.

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Operação Verine

Na última quarta-feira (3), a PF realizou uma operação de busca e apreensão na casa do ex-presidente, no Jardim Botânico, em Brasília, e apreendeu documentos e o celular do ex-presidente.

Além disso, a operação também prendeu alguns de seus seis pessoas ligadas a Bolsonaro, entre elas Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro sob a suspeita de fraudar registros de imunização de Bolsonaro e pessoas próximas.

O esquema envolve a manipulação de dados e inserção de vacina contra a Covid-19 no cartão de vacinas, para atestar, de forma falsa, que houve imunização.

A falsificação teria sido feita para que Bolsonaro e sua equipe pudessem viajar aos Estados Unidos, país que exige o comprovante de vacina de estrangeiros que entram no país.

Em fala aos jornalistas, o ex-presidente voltou a afirmar que não tomou a vacina, após ler a bula da Pfizer e que apenas Michelle Bolsonaro teria se vacinado.

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