O gerente de postos de combustíveis George Washington de Oliveira Sousa e o ex-taxista Alan Diego dos Santos Rodrigues foram condenados à prisão nesta quinta-feira (11), pela tentativa de atentado a bomba no aeroporto de Brasília em 24 de dezembro do ano passado.
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George Washington pegou nove anos e quatro meses de prisão e Alan Diego foi sentenciado a cinco anos e quatro meses, ambos em regime inicial fechado.
Eles já estavam presos preventivamente e não vão poder aguardar os recursos em liberdade.
A condenação é por três crimes:
1) expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outro (ambos);
2) Causar incêndio em combustível ou inflamável (ambos);
3) Porte ilegal de arma de fogo e artefato explosivo ou incendiário (apenas George Washington).
A decisão é do juiz Osvaldo Tovani, da 8.ª Vara Criminal de Brasília, que destacou que o crime foi premeditado.
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“Os acusados se conheceram no acampamento montado em frente ao QG do Exército, onde permaneceram por longo período, e há informação de que as emulsões explosivas vieram do Pará, a pedido do acusado George, na posse de quem foram apreendidas cinco emulsões explosivas”, escreveu.
A denúncia do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) atribuiu a George Washington a montagem da bomba e a Alan Diego a instalação do explosivo em um caminhão de combustível, carregado de querosene de aviação. A perícia apontou que o artefato não explodiu por um erro de montagem.
A sentença afirma que, embora o atentado tenha fracassado, o crime foi ‘consumado’.
“Em que pese não ter havido detonação da carga explosiva e, por consequência, a explosão, segundo a perícia, por erro de montagem, trata-se de crime consumado, o que afasta a tese de crime impossível”, diz outro trecho da decisão. “O conjunto probatório é seguro para a condenação.”
O juiz também decidiu mantê-los presos preventivamente. Ele considerou que o caso demonstra ‘periculosidade concreta’. “Presente, ainda, a necessidade de preservar a ordem pública”, argumentou.
A investigação apontou eles se conheceram no acampamento montado por bolsonaristas em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, onde o atentado teria sido planejado. O motorista do caminhão percebeu a bomba e chamou a Polícia Militar, que detonou o explosivo.
O objetivo do grupo, segundo o MP, era ‘causar comoção’ social para justificar uma intervenção das Forças Armadas.
O terceiro envolvido no caso, Wellington Macedo de Souza, não foi julgado pelo juiz. Isso porque o processo foi desmembrado.