Após ser derrotado no plenário da Câmara dos Deputados, o governo federal articulou pela liberação de emendas aos parlamentares com o objetivo de deter o enfraquecimento do apoio dentro do Congresso Nacional.
O PSD, Partido Social Democrático, é uma das siglas que mais tem valores, em reais, empenhados.
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De acordo com levantamento feito pelo Metrópoles, o partido do PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é primeiro lugar com R$ 193,5 milhões.
Logo depois, aparece o PSD, com R$ 188,8 mi; o União Brasil, com R$ 153,5 mi; ; o MDB, com R$ 138,8 mi; e o Progressistas, com R$ 113 mi.
Os números foram obtidos através da plataforma Siga Brasil, que indica os valores e destinatários das emendas.
Confira a lista completa dos valores, por partido:
- PT – R$ 193.446.400,00;
- PSD – R$ 188.898.400,00
- UNIÃO – R$ 153.556.800,00
- MDB – R$ 138.824.000,00
- PP – R$ 113.095.700,00
- REPUBLICANOS – R$ 100.137.100,00
- PL – R$ 80.507.400,00
- PDT – R$ 73.725.000,00
- PSDB – R$ 47.631.700,00
- PSB – R$ 45.710.100,00
- PSC – R$ 26.232.800,00
- PODE – R$ 24.590.000,00
- PCdoB – R$ 23.900.000,00
- SOLIDARIEDADE – R$ 21.200.000,00
- PV – R$ 10.000.000,00
- PSOL – R$ 9.614.300,00
- AVANTE – R$ 8.020.000,00
- PATRIOTA – R$ 6.251.700,00
- CIDADANIA -R$ 4.696.700,00
- NOVO – R$ 3.394.500,00
- REDE – R$ 688.700,00
Desde o início do mandato de Lula no Palácio do Planalto, cerca de R$ 1,6 bilhão foi empenhado, reservado no Orçamento, para ser pago.
Do montante, R$ 347 milhões foram reservados de janeiro a abril e R$ 1,26 bilhões apenas neste mês de maio.
A nova liberação de recursos ocorre após as críticas de líderes da Câmara, que, sem liberação, os projetos não serão aprovados pelos deputados.
Nessa ocasião, houve a derrubada do decreto do presidente sobre contratos e serviços de saneamento.
O presidente Lula teve de intervir em acordo mais recente do governo com os parlamentares, para assumir o compromisso de resolver pendências anteriores.
No pacote combinado de emendas a serem liberadas estão incluídas, inclusive, as acertadas pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que ainda não foram pagas, totalizando R$ 9 bilhões.
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+ 1ª Derrota de Lula na Câmara: PDL suspende decretos de saneamento
Derrota na Câmara
Em sessão comandada por Marcos Pereira (Republicanos-SP), 1º vice da Câmara, o projeto de decreto legislativo (PDL), que derrubou os decretos de Lula que alteraram as regras do Marco do Saneamento recebeu 295 votos pela aprovação do texto contra o governo e 136 pela derrubada da matéria.
O bloco do Podemos com MDB, PSD e Republicanos liberou os partidos na orientação da votação, pois o PSD decidiu orientar contra.
O PP de Arthur Lira votou completamente a favor da derrota do governo, assim como o União Brasil.
No Solidariedade, dois deputados votaram a favor e dois votaram contra.
Apesar da insatisfação e da derrota, mantém-se o consenso, entre as lideranças da base e do centrão, sobre a necessidade de aprovação do novo arcabouço fiscal e da reforma tributária.